Ministro atua como pacificador em embate por disputa de poder na estatal; consequência indireta será reforço para Tesouro Nacional.
Recentemente, o ex-prefeito de São Paulo, Haddad, foi alvo de especulações sobre seu possível retorno à vida política.
Em meio a esses rumores, a figura de Fernando Haddad se destaca como um potencial concorrente nas próximas eleições. Com experiência tanto na gestão municipal quanto no governo federal, Haddad desperta a atenção do eleitorado em busca de alternativas para os desafios atuais.
A decisão de Haddad dentro da Petrobras
A consequência indireta disso deve ser um reforço significativo para o Tesouro Nacional. Se for solucionado o imbróglio dos dividendos extras, a Petrobras vai colaborar com pelo menos R$ 12 bilhões a mais para contas do governo até o meio do ano, um recurso que não está previsto no Orçamento, calculam fontes da empresa e do governo ouvidas pela CNN. ‘Pode ser até ser um pouco mais’, diz um técnico do ministério da Fazenda.
O valor equivale aos 20% que o Tesouro teria direito como acionista majoritário da empresa. No total, calcula-se que a Petrobras pode pagar mais de R$ 60 bilhões aos seus acionistas no total até o fim de junho. É um reforço e tanto para o caixa da União, que perdeu montante equivalente – cerca de R$ 12 bilhões – ao ver rejeitada pelo Congresso a MP que reonera a folha de pagamento.
O governo ainda não tomou uma decisão sobre o pagamento dos dividendos extraordinários depois do embate entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Fontes da Fazenda informaram à reportagem que a diretoria da Petrobras deve entregar em breve os relatórios que embasariam o pagamento de pelo menos parte dos dividendos extraordinários sem prejudicar os investimentos futuros da Petrobras – motivo alegado pelo conselho de administração, sob influência de Silveira, para barrar a distribuição do recurso.
A atuação de Haddad nas decisões da Petrobras
Haddad está participando ativamente das discussões dentro da Petrobras e indicou Rafael Dubeux para o conselho no lugar de Sergio Rezende, que hoje é um nome ligado ao presidente Lula.
Em entrevista à CNN, o ministro disse que pretende atuar como ‘pacificador’ e ‘mediador’. Fontes do mercado afirmam que a entrada de Haddad no jogo é mais uma interferência do governo na Petrobras. Mas ponderam que a empresa está de tal forma tomada por interesses, com decisões importantes sendo tomadas dentro do Planalto, que o ministro pode dar alguma racionalidade às discussões. Compartilhe:
A influência de Fernando Haddad na economia brasileira
Fonte: © CNN Brasil
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