A empresa chinesa ByteDance, controladora do TikTok, deve desinvestir de ativos nos EUA até janeiro ou enfrentar banimento pelo tribunal norte-americano.
O TikTok e sua empresa controladora ByteDance estão enfrentando um impasse nos Estados Unidos, onde uma lei pode resultar na proibição do aplicativo a partir de 19 de janeiro. A ByteDance solicitou a um tribunal norte-americano a anulação dessa legislação, alegando falta de negociações sérias por parte do governo dos EUA. O TikTok, popular entre 170 milhões de usuários norte-americanos, está lutando para evitar sua exclusão do mercado.
A batalha legal entre o TikTok e as autoridades dos EUA destaca a complexidade das relações internacionais no mundo digital. A pressão para que a ByteDance se desfaça dos ativos do aplicativo nos EUA até a data limite é intensa, deixando em suspense o futuro da plataforma no país. A incerteza paira sobre o destino do TikTok e a possibilidade de um acordo que permita sua continuidade além de janeiro.
ByteDance e TikTok em meio a negociações nos EUA
A controladora chinesa ByteDance afirmou que o desinvestimento do TikTok nos Estados Unidos não é viável tecnologicamente, comercialmente ou legalmente. O Tribunal de Apelações do Distrito de Columbia agendará audiências relacionadas aos processos movidos pelo aplicativo TikTok e pela empresa ByteDance, juntamente com usuários do TikTok, em 16 de setembro.
O futuro do TikTok no mercado norte-americano pode estar diretamente ligado ao desfecho desse caso, que tem o potencial de influenciar a forma como o governo dos Estados Unidos utiliza sua nova autoridade para regular aplicativos estrangeiros. A discussão em torno do desinvestimento de ativos do TikTok ganha destaque em meio a uma série de acordos em andamento.
A controladora chinesa ByteDance e o próprio TikTok argumentam que a legislação em questão representa uma quebra radical com a tradição do país em defender uma internet aberta. Eles alertam para um precedente perigoso ao permitir que os poderes políticos visem uma plataforma de discurso desfavorecida, forçando-a a se desfazer de seus ativos ou encerrar suas operações.
A medida foi aprovada com ampla maioria no Congresso dos Estados Unidos, refletindo preocupações entre os parlamentares de que a China poderia acessar dados de cidadãos norte-americanos ou até mesmo espioná-los por meio do aplicativo TikTok. O TikTok enfatiza que qualquer processo de desinvestimento ou separação, mesmo que fosse viável tecnicamente, demandaria um longo período de tempo.
Os representantes do TikTok argumentam que a legislação em vigor viola os direitos fundamentais de liberdade de expressão dos norte-americanos. A situação atual coloca em destaque a complexidade das relações entre empresas chinesas e o governo norte-americano, especialmente sob a administração do presidente Joe Biden, que tem mostrado interesse em questões relacionadas à segurança nacional e proteção de dados.
Fonte: @ Info Money
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