Governo de SP planeja diminuir sua participação na Sabesp de 50,3% para cerca de 18%, atraindo investidores estratégicos com oferta e preço de fechamento.
A Sabesp anunciou a privatização na noite de quinta-feira, fixando o valor de suas ações para investidores a R$ 67 cada, o mesmo valor proposto pela Equatorial Energia para se tornar acionista de referência da empresa, arrecadando R$ 14,8 bilhões, conforme informado em comunicado à imprensa. O preço por ação representa um desconto de 18,3% em relação ao fechamento na quinta-feira das ações da companhia de saneamento básico do estado de São Paulo.
A transferência de controle da Sabesp para investidores privados levantou questionamentos sobre o futuro da empresa e a possibilidade de desinvestimento em projetos de infraestrutura. A definição das condições para o follow-on, que incluem o preço mínimo e a cobertura mínima, será revelada na liquidação agendada para segunda-feira, marcando um novo capítulo na história da companhia.
Processo de Desestatização da Sabesp: Privatização em Foco
O governo paulista está em meio a um processo de desestatização da Sabesp, visando reduzir sua participação na empresa de 50,3% para cerca de 18%. O acionista de referência terá uma fatia de 15%, que será mantida até o final de 2029. Esse movimento tem despertado interesse no mercado, com a Equatorial emergindo como a única finalista no processo de escolha de investidor estratégico para a Sabesp.
A Equatorial, conhecida por suas operações no setor de saneamento no Amapá, fez uma oferta robusta de R$ 6,9 bilhões pela empresa. Enquanto isso, a Aegea Saneamento, que contava com investidores de peso como a Itaúsa, chegou a ser considerada interessada na Sabesp, mas acabou desistindo do processo.
A movimentação no cenário político também é intensa, com o Partido dos Trabalhadores, liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, questionando o processo de privatização da Sabesp. Uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental foi protocolada no Supremo Tribunal Federal, alegando irregularidades na gestão do governador Tarcísio de Freitas.
Diante desse cenário, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, determinou que o governo de São Paulo e órgãos ligados à gestão estadual prestem esclarecimentos sobre o processo de privatização. Além disso, a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República foram convocadas a se posicionar sobre o tema. A privatização da Sabesp segue como um tema de grande interesse e debate no cenário político e econômico atual.
Fonte: © CNN Brasil
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