CEO Mateus Dantas, cofundador da empresa com US$ 40 milhões, é acusado de abrir sociedade sem antigo parceiro de fantasy game. Caso no Tribunal de Justiça com pesos-pesados.
Em um momento marcante de 2010, o longa-metragem ‘A Rede Social’ revelou um acontecimento constrangedor da história da Meta, anteriormente Facebook: Mark Zuckerberg tramando para afastar o brasileiro Eduardo Saverin da empresa, ao negar sua participação como um dos fundadores da plataforma societária.
A disputa societária entre Zuckerberg e Saverin retratada no filme ‘A Rede Social’ destacou a complexidade das relações de poder e interesses em meio ao crescimento acelerado de empresas de tecnologia. Mesmo diante de desafios e conflitos, a trajetória societária desses empreendedores impulsionou a evolução do Facebook, evidenciando a importância de acordos claros e relações transparentes nas parcerias de negócios.
Disputa Societária Envolvendo o Rei do Pitaco no Brasil
O universo das startups muitas vezes é palco de conflitos relacionados à participação dos fundadores nas origens das empresas. Um caso emblemático dessa dinâmica é o litígio envolvendo a empresa Rei do Pitaco, um dos maiores fantasy games de futebol do Brasil. Nesse contexto, surge uma nova disputa societária que remete a questões semelhantes, ainda que em escala reduzida.
Os investidores de peso, como Kaszek, Globo Ventures e DST Global, contribuíram para a ascensão do Rei do Pitaco, que já arrecadou cerca de US$ 40 milhões ao longo de sua trajetória. Contudo, o cenário atual é marcado por uma ação judicial iniciada por Michel Rozenberg Zelazny contra Mateus Dantas, CEO da empresa, alegando uma quebra de confiança e violação de acordo prévio.
O processo, protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), revela um conflito no qual Zelazny acusa Dantas de se apropriar indevidamente da ideia do fantasy game que ambos teriam concebido juntos. Conforme os advogados de Zelazny, a abertura de uma nova sociedade, a MMD Tecnologia, Entretenimento e Marketing, sem a participação do autor da ação, configura uma conduta injusta e lesiva.
A principal alegação é de que Zelazny foi excluído da sociedade original de forma injustificada, resultando em um suposto enriquecimento ilícito de Dantas. O autor busca o reconhecimento da existência e validade da sociedade original, bem como a restituição dos prejuízos causados pela apropriação indébita dos ativos compartilhados.
Além disso, Zelazny pleiteia uma indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil, reforçando a gravidade dos fatos alegados. Por sua vez, Dantas, por meio de sua assessoria, nega as acusações e reafirma sua versão dos acontecimentos.
A história pública do Rei do Pitaco destaca a iniciativa conjunta de Dantas e Kiko Augusto, programadores entusiastas de esportes, na fundação da empresa em 2019. O jogo conquistou milhões de usuários, distribuindo prêmios significativos e consolidando-se como uma referência no segmento de fantasy games de futebol no país.
Com mais de 14 milhões de downloads e mais de R$ 210 milhões em prêmios distribuídos, o caminho do Rei do Pitaco evidencia o potencial e a relevância desse empreendimento no cenário esportivo e tecnológico nacional. Em meio a esse cenário próspero, a disputa societária atual lança luz sobre os desafios e complexidades das relações empresariais no ambiente das startups e da inovação tecnológica.
Fonte: @ NEO FEED
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