Mercado de renda fixa pode captar R$460 bi em 2021, recorde de IPOs no 2º semestre, com espaço para cinco operações, cenário favorável e inflow para fundos de renda fixa.
Mesmo com a expectativa de crescimento da renda variável neste ano, a renda fixa ainda continua sendo uma opção segura para os investidores que buscam estabilidade em seus investimentos. A previsão é de que as aplicações de rendimento fixo mantenham sua atratividade, mesmo diante de um cenário de juros baixos.
Os investimentos de rendimento garantido são ideais para quem busca segurança e previsibilidade em suas aplicações financeiras, já que oferecem taxas de juros fixas que permitem um planejamento mais seguro para o futuro. Dessa forma, a renda fixa se mostra como uma opção consistente mesmo em momentos de incerteza no mercado financeiro.
O mercado de renda fixa em 2024
Mesmo com as recentes mudanças nas regras para emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e para debêntures incentivadas, o mercado de renda fixa pode fechar 2024 com um total de R$ 460 bilhões em emissões, segundo estimativa do Bradesco. O valor superaria o recorde estabelecido em 2022, de R$ 457 bilhões, além de um avanço frente aos R$ 400 bilhões registrados em 2023.
Cenário favorável para aplicações de rendimento fixo
‘Estamos vendo um mercado de renda fixa muito forte, com um volume de emissões muito grande’, disse Bruno Boetger, vice-presidente do Bradesco para a área do atacado na terça-feira, 2 de abril, em entrevista durante o 10th Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI. Segundo ele, o movimento é geral, puxado tanto por títulos de dívida privada como por títulos incentivados, em meio ao inflow para fundos de renda fixa, movimento que ainda deve se manter considerando que a Selic ainda está em patamares altos, apesar dos cortes iniciados em agosto de 2023.
Novas regras e investimentos de rendimento garantido
A declaração casa com dados recentes da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), mostrando que as ofertas no mercado de capitais chegaram a R$ 64 bilhões, com alta de 50,6% ante o mesmo período de 2023. As ofertas de debêntures lideraram as captações, somando R$ 30,7 bilhões no bimestre, com crescimento de 21,1%.
Retomada dos IPOs e investimentos com taxas de juros fixas
O Bradesco projeta que o ano deve ser marcado por um total de 20 a 30 operações, sendo que ‘pelo menos’ cinco serão de IPOs, tendo ainda no pipeline em torno de 20 empresas prontas para ir a mercado. ‘Estimamos um volume de R$ 40 bilhões a R$ 60 bilhões de ofertas neste ano, o que inclui a operação da Sabesp, uma operação grande, que deve vir a mercado em junho e deve ser de R$ 15 bilhões’, afirmou Boetger, destacando que boa parte das operações devem vir no segundo semestre. O volume projetado representa uma revisão para baixo em relação ao que o Bradesco esperava no começo do ano, de R$ 70 bilhões.
Inflow para fundos de renda fixa e Selic em patamares altos
O executivo do Bradesco não quis falar sobre quais setores econômicos concentram os maiores números de empresas pensando em fazer IPO, afirmando apenas que são empresas ‘de qualidade, empresas joias da coroa em seus respectivos setores’, com a governança bem estruturada. Um ponto que deve marcar a retomada dos IPOs são as ofertas ancoradas por grandes acionistas, o que deve ajudar a deslanchar as ofertas. ‘A ancoragem é importante, porque ter um acionista de referência ajuda na formação do livro, dá mais segurança aos outros investidores, já saindo com uma demanda importante’, afirmou Boetger.
Fonte: @ NEO FEED
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