Burberry e Net-A-Porter perderam 75% das vendas devido a devoluções e cancelamentos em massa; tendência agravada no trimestre, afirma Sanford C. Bernstein.
Uma curiosidade interessante sobre o devoluções é que durante eventos de vendas online renomados, como a Black Friday, é comum observar um aumento significativo no número de pedidos. No entanto, algo que também se destaca é que, em alguns casos, parte desses pedidos pode resultar em devoluções repentinas, impactando as empresas de diversas maneiras. Marcas de moda e luxo, por exemplo, já enfrentaram situações em que tiveram que lidar com altas taxas de devoluções, afetando suas receitas de forma considerável.
Gerenciar efetivamente os processos de devoluções de produtos é essencial para garantir a satisfação do cliente e a integridade financeira das empresas. Além disso, investir em estratégias que minimizem a necessidade de devoluções pode ser benéfico tanto para os consumidores quanto para as marcas. A transparência nas políticas de devoluções e a qualidade dos produtos são fatores-chave para reduzir o número de retornos e garantir uma experiência positiva para todos os envolvidos.
Desafios com Devoluções na Indústria da Moda de Luxo
As devoluções de produtos atingiram níveis preocupantes na China, com taxas muito acima do padrão considerado normal na indústria do luxo. A consultora Sanford C. Bernstein alertou sobre a persistência desse problema, desencadeando uma análise profunda sobre como as marcas de moda lidam com esse fenômeno no mercado chinês.
A crise de devoluções é um fenômeno que ganhou força desde que a China abandonou a política de Covid Zero, há mais de um ano. Esse cenário tem levado marcas renomadas a reavaliarem suas estratégias de negócio no segundo maior mercado do mundo. A classe média chinesa, principal consumidora desse segmento, passou a buscar descontos e até mesmo a evitar compras mais caras, impactando diretamente as dinâmicas de vendas das marcas.
A situação se agravou no primeiro trimestre deste ano, com marcas como Brunello Cucinelli SpA e Marc Jacobs enfrentando um aumento significativo nas devoluções de produtos. A taxa de devolução da Brunello Cucinelli SpA disparou para 69%, enquanto a Marc Jacobs, de propriedade da LVMH, viu suas devoluções subirem para 43% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Outras marcas como Chloé, Ralph Lauren Corp. e Mulberry Group PLC também enfrentaram desafios semelhantes, refletindo uma tendência preocupante no mercado de luxo chinês. A plataforma Tmall, um dos principais players do evento de compras online, tem lançado promoções frequentes para impulsionar as vendas, mas as altas taxas de devoluções têm minado esses esforços.
A consultora Sanford C. Bernstein destacou que a queda na preferência por compras caras e o aumento nas devoluções estão impactando diretamente o setor do luxo na China. A questão das devoluções antecipadas, antes mesmo do envio dos produtos, tem se tornado uma prática comum entre os consumidores, evidenciando um desafio significativo para as marcas.
Empresas como Brunello Cucinelli e Richemont preferiram não comentar sobre os dados de devoluções, ressaltando a complexidade dessas informações no contexto do mercado atual. Enquanto isso, as marcas globais de luxo continuam buscando parcerias e investindo em estratégias para lidar com a crescente onda de devoluções na China, visando manter sua presença e reputação no mercado de moda de luxo.
Fonte: @ Info Money
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