Defesa do ex-presidente se manifestou após ministro pedir explicações sobre estada na Embaixada da Hungria, preocupação com possível prisão, interlocução com autoridades locais.
O presidente Bolsonaro surpreendeu os ministros do STF ao discutir a possibilidade de solicitar asilo político enquanto esteve na Embaixada da Hungria. A declaração causou polêmica e gerou repercussão na mídia nacional e internacional.
Jair Bolsonaro, em resposta ao ministro Alexandre de Moraes, defendeu sua posição, argumentando que seria ‘ilógico’ solicitar asilo político. O ex-presidente fez questão de deixar claro que a estada na embaixada não tinha relação com um possível pedido de asilo, reforçando sua postura durante o período conturbado no país.
Explicações de Bolsonaro sobre estadia na embaixada da Hungria
Leia Mais Moraes dá 48h para Bolsonaro explicar estada na embaixada da Hungria Na segunda-feira, 25, o jornal The New York Times publicou que o ex-presidente permaneceu entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano hospedado na embaixada.
Dias antes, em 8/2, Bolsonaro teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes após sofrer uma busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado no país após o resultado das eleições de 2022. Pelas regras internacionais, a área da embaixada é inviolável pelas autoridades brasileiras.
Dessa forma, Bolsonaro estaria imune ao eventual cumprimento de um mandado de prisão. Manifestação da defesa Na petição, a defesa de Bolsonaro diz que é ‘ilógico’ considerar que o ex-presidente pediria asilo político para a embaixada. Segundo a defesa, Bolsonaro não tinha preocupação com eventual prisão.
‘Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada’, afirmou a defesa.
Os advogados também afirmaram que o ex-presidente sempre manteve interlocução com as autoridades húngaras e rechaçaram ilações sobre eventual pedido de asilo diplomático.
‘São, portanto, equivocadas quaisquer conclusões decorrentes da matéria veiculada pelo jornal norte-americano, no sentido de que o ex-presidente tinha interesse em alguma espécie de asilo diplomático, conclusão a que se chega bastando considerar a postura e atitude que sempre manteve em relação às investigações a ele dirigidas’, completou a defesa.
Bolsonaro é aliado do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que esteve na posse do ex-presidente em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou Budapeste, capital húngara, e foi recebido por Orbán.
Em resposta à ordem do ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente Jair Bolsonaro prestou esclarecimentos a respeito de estadia na Embaixada da Hungria.(Imagem: Allison Sales/FotoRua/Folhapress) Hospedagem A publicação norte-americana analisou as imagens das câmeras de segurança do local e imagens de satélite, que mostram que Bolsonaro chegou no dia 12/2 à tarde e saiu na tarde do dia 14/2.
As imagens mostram que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo o jornal, os funcionários estavam de férias e a estada de Bolsonaro ocorreu durante o feriado de carnaval.
Segundo a reportagem, no dia 14, os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana. Informações: Agência Brasil.
Bolsonaro e a presença na Embaixada da Hungria
Moraes deu prazo para que Bolsonaro explicasse sua estadia na Embaixada da Hungria. O jornal The New York Times divulgou que Jair Bolsonaro permaneceu hospedado na embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro.
No dia 8/2, Bolsonaro teve seu passaporte apreendido durante uma busca e apreensão relacionada à Operação Tempus Veritatis, que apura uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As normas internacionais estabelecem que a embaixada é uma área imune a ações das autoridades locais.
Com isso, Bolsonaro estaria protegido de um eventual mandado de prisão. Em sua defesa, ele argumentou que não tinha intenção de pedir asilo político à embaixada. Os advogados de Bolsonaro destacaram que ele sempre manteve contato com as autoridades húngaras e descartaram qualquer possibilidade de pedido de asilo diplomático.
O ex-presidente é próximo do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que compareceu à posse de Bolsonaro em 2018. Em 2022, Bolsonaro visitou a capital Budapeste e foi recebido por Orbán.
Após a exigência de esclarecimentos de Moraes, Bolsonaro prestou informações sobre sua estadia na embaixada. Uma análise das imagens de segurança e de satélite mostrou que Bolsonaro chegou à embaixada no dia 12/2 à tarde e deixou o local no dia 14/2, também à tarde. A embaixada estava praticamente desocupada, com exceção de alguns diplomatas húngaros de férias durante o feriado de carnaval. No dia 14, os diplomatas húngaros orientaram os funcionários brasileiros a permanecer em casa pelo restante da semana.
Fonte: © Migalhas
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