Advogada com droga no sapato será restringida pela Ordem dos Advogados após abordagem no presídio Jorge Vieira.
📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. A advogada Liliana Silva Rodrigues de Sousa, que tentou entrar no presídio Jorge Vieira, em Timon-MA, com drogas no sapato, pagou uma fiança de R$ 2 mil e foi solta pela justiça maranhense. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (10) pelo juiz Weliton Sousa de Carvalho, titular da Vara da Fazenda Pública.
Após o ocorrido, a advogada buscou a orientação de um renomado jurista local para auxiliá-la em sua defesa. O causídico recomendou que ela se mantivesse em silêncio durante o processo, a fim de evitar maiores complicações legais. A atitude da advogada chamou a atenção da imprensa e gerou debates sobre ética e conduta profissional na advocacia.
Advogada Liliana é flagrada tentando entrar com droga em presídio
No momento em que a advogada Liliana passava pelo escaneador de presídio, o equipamento detectou a presença de entorpecentes dentro do sapato que ela utilizava. Esse fato desencadeou um interrogatório no qual Liliana admitiu que essa não era a primeira vez que tentava adentrar o presídio com substâncias ilícitas. A situação resultou em sua detenção e posterior pagamento de fiança no valor de R$ 2 mil, o que possibilitou sua liberdade mediante decisão judicial.
A justiça determinou que a advogada deverá cumprir uma série de medidas restritivas, incluindo comparecimento periódico em juízo a cada 30 dias, proibição de ausentar-se por mais de 30 dias sem autorização, obrigação de comunicar qualquer mudança de endereço e veto à visita a estabelecimentos prisionais. Além disso, foi estabelecida a suspensão de suas atividades profissionais no âmbito criminal.
A Ordem dos Advogados do Brasil, representada pela Seccional Maranhão e pela OAB Subseção Timon, manifestou apoio a Liliana, garantindo a defesa de suas prerrogativas. Em comunicado à imprensa, ressaltou-se o compromisso histórico da entidade com a defesa das prerrogativas da advocacia e com os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e da presunção de inocência.
Durante a abordagem, foram encontradas sete trouxas de maconha no sapato da advogada, evidenciando a gravidade da situação. A OAB Maranhão, embora não compactue com infrações cometidas por qualquer pessoa, reforçou sua postura em defesa dos direitos da advocacia e dos princípios fundamentais da justiça.
Por meio de ofício, foi solicitado à Secretaria de Administração Penitenciária acesso aos procedimentos realizados no momento da abordagem, visando apurar a materialidade e autoria do ocorrido. Caso se confirme a responsabilidade de Liliana, o Tribunal de Ética e Disciplina abrirá um procedimento de suspensão preventiva, em conformidade com as normas vigentes.
Fonte: © A10 Mais
Comentários sobre este artigo