Divisões internas prejudicam a causa palestina, afirma diplomata. Promover unidade é essencial para reconstruir o Estado Palestino.
O pacto estabelecido entre as principais entidades palestinas – Hamas e Fatah – e mais 12 agremiações políticas do território árabe é uma reação ao conflito em Gaza, classificado como um genocídio por certas organizações e nações. Essa interpretação é compartilhada pelo embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, que enfatiza a urgência de medidas para conter a violência e promover a paz na região.
Diante do recente massacre na Faixa de Gaza, é crucial que a comunidade internacional se una para evitar novos episódios de extermínio e aniquilação. A solidariedade e a cooperação são essenciais para garantir a segurança e a dignidade do povo palestino, que enfrenta desafios humanitários cada vez mais graves.
Unidade Nacional contra o Genocídio e a Ocupação
A unidade nacional é uma resposta crucial contra o genocídio e as práticas de extermínio em curso, bem como contra a persistente ocupação do território palestino por Israel. Alzeben, representante da Autoridade Palestina no Brasil, ressaltou a importância fundamental da unidade nacional para a consecução do Estado da Palestina soberano e independente. Para ele, as divisões internas entre os grupos têm prejudicado a causa palestina, sendo a Jihad Islâmica a única a opor-se ao acordo recente.
Acordo de Unidade Nacional entre Fatah e Hamas
Antigos adversários, Fatah e Hamas, juntamente com outros 12 grupos, assinaram um acordo histórico em Pequim, na China, visando pôr fim às divisões internas e criar uma unidade nacional em prol da libertação da Palestina da ocupação israelense. O pacto prevê a formação de um governo interino com a participação de todas as facções para promover a reconstrução de Gaza e a realização de uma eleição geral. A mediação do acordo foi conduzida pelo ministro das relações exteriores da China, Wang Yi.
Reconstrução e Eleições para a Libertação Palestina
Os grupos palestinos concordaram em estabelecer a unidade nacional sob a égide da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reconhecida como a única representante legítima do povo palestino. O presidente da Federação Árabe Palestina no Brasil, Ualid Rabah, destacou a importância da unidade para a libertação do país, afirmando que os palestinos estão se distanciando dos responsáveis pelo genocídio e unindo-se aos construtores de um novo mundo.
Desafios e Oposição ao Acordo de Unidade
Historicamente divididos desde a guerra civil palestina de 2005, que resultou na separação entre Gaza e a Cisjordânia, os grupos palestinos enfrentaram desafios internos que impediam a unidade. No entanto, o acordo recente representa uma resposta conjunta frente ao genocídio, ao extermínio e ao colonialismo enfrentados pelo povo palestino. O governo israelense, por sua vez, condenou o acordo, criticando a aliança entre Fatah e Hamas como um obstáculo para a paz na região.
Fonte: @ Agencia Brasil
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