O fim do diferimento tributário em fundos exclusivos mudou a forma como famílias planejam suas alocações. Lei 14.754 sancionada afeta estruturas flexíveis.
O término do adiamento tributário em certos tipos de fundos de investimentos fechados exclusivos e restritos alterou a maneira como as famílias brasileiras detentoras de grandes fortunas planejam suas alocações. Em meio ao cenário fiscal conturbado que impactou patrimônios acumulados ao longo de décadas, uma das propostas discutidas tem sido o aumento da parcela investida no exterior.
Essa mudança nas regras tem levado muitos investidores a reavaliarem suas aplicações financeiras e a buscarem novas oportunidades de investimentos. Diversificar os ativos e explorar mercados internacionais tornou-se uma estratégia cada vez mais relevante para proteger o capital e buscar retornos mais atrativos em um cenário de incertezas econômicas.
Investimentos: Aplicações Financeiras em Meio ao Turbilhão Fiscal
Em determinadas instituições, as aplicações financeiras em investimentos não têm sido afetadas nem mesmo pela volatilidade cambial. Além disso, somando-se à tributação do Leão, que teve a possibilidade de ser dividida em parcelas até março, com um adicional a ser quitado em maio, observou-se uma liberação de liquidez a partir da promulgação da lei 14.754, no final de 2023. Dessa forma, alguns núcleos familiares optaram por abrir suas estruturas de investimentos.
Ao invés de permanecerem presos à regra de amortização anual dos fundos fechados, os resgates tornaram-se mais flexíveis. O capital passou a circular livremente entre diferentes ativos e regiões geográficas, proporcionando uma maior diversificação e potencial de retorno.
Para ilustrar as movimentações realizadas, Bruno Diniz, responsável por produtos na boutique de investimentos WHG, realizou um levantamento na plataforma da Comdinheiro. Ele identificou que mais de mil portfólios fechados, com menos de 11 cotistas e totalizando R$ 72,4 bilhões, foram convertidos em condomínios abertos. Como resultado, o patrimônio desses fundos reduziu para R$ 55,1 bilhões até o final de maio.
Adicionalmente, outros 168 fundos com características semelhantes, que somavam R$ 4,2 bilhões no final de 2023, foram encerrados ao longo deste ano. Essas mudanças refletem a busca por estruturas de investimentos mais flexíveis e adaptáveis às condições do mercado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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