Adélio deu facada em ex-presidente, preso na penitenciária federal de Campo Grande, responsável pelo tratamento de distúrbios psicológicos.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) interrompeu a transferência de Adélio Bispo de Oliveira para um hospital psiquiátrico em Minas Gerais, seu Estado de origem, devido a um impasse de competências entre entidades federais. Adélio é o responsável pelo ataque a faca contra o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em Juiz de Fora (MG) em 2018.
Diante do impasse sobre a transferência, a situação de Adélio Bispo de Oliveira permanece indefinida, gerando incertezas sobre seu deslocamento para o hospital psiquiátrico em Minas Gerais. As autoridades estão lidando com as questões de competência e deslocação do réu, enquanto a sociedade aguarda por mais informações sobre o desfecho desse caso delicado.
Transferência de Adélio Bispo para tratamento mental adequado
No mesmo período, ele foi detido na penitenciária federal de Campo Grande (MS), lugar onde permanece atualmente. Após pedido da Defensoria Pública da União (DPU), o magistrado Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5.ª Vara Federal de Campo Grande, aprovou a mudança do indivíduo para seu Estado em fevereiro deste ano, reconhecendo que era responsabilidade do destinatário do preso assegurar o cuidado psicológico apropriado para Adélio, que foi considerado inapto para responder pelo incidente devido a problemas mentais.
No entanto, a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora comunicou não ter capacidade para oferecer o suporte adequado a Adélio e que não existem vagas na instituição de custódia estadual. Diante do impasse e do prazo para a transferência que se encerrava na sexta-feira, 5, o STF determinou na semana passada, 28, que o réu permaneça no local atual até que uma solução seja encontrada.
Em comunicado, a DPU menciona que tem prestado auxílio a Adélio desde 2019, com foco nos direitos humanos. A organização alega que a justificativa de suposta falta de vagas no sistema de saúde público não justifica a permanência de Adélio Bispo indefinidamente em um ambiente exclusivamente prisional, pois isso é um direito garantido pela lei 10.216 desde 2001. A Defensoria também informa que, devido à negligência do estado, a questão foi levada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Fonte: © Notícias ao Minuto
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