Angie Martoccio conversou com a dupla da Rolling Stone sobre a trajetória da banda, mudanças na indústria musical e novo documentário.
Amanda Schnaider 14 de março de 2024 – 20h10 A conexão dos renomados músicos do The Black Keys com o South by Southwest é duradoura. Desde a sua estreia no festival em 2003, apenas dois anos após sua formação em Akron, Ohio, a banda tem sido presença constante nos palcos do evento.
Os fãs do The Black Keys aguardam ansiosos por mais uma performance icônica no South by Southwest. A energia única da dupla de músicos sempre cativa o público e faz com que cada show seja inesquecível. A presença deles no evento é sempre um destaque imperdível.
Participação da banda The Black Keys no SXSW 2024
Entretanto, dessa vez, a participação da banda no festival foi além de suas duas apresentações musicais, que acontecerão na quinta-feira, 14, e sexta-feira, no Mohawk e no Stubb’s, respectivamente.
Documentário ‘This is a Film About The Black Keys’
Da esquerda para a direita: Angie Martoccio, da Rolling Stone, Patrick Carney e Dan Auerbach (Crédito: Amanda Schnaider) Na verdade, o primeiro compromisso do The Black Keys no SXSW aconteceu na última segunda-feira, 11, na première de lançamento do seu mais novo documentário ‘This is a Film About The Black Keys’ (Este é um filme sobre o The Black Keys, em tradução literal do inglês).
The Black Keys e sua trajetória
Dirigido por Jeff Drupre, o filme conta a trajetória da banda, formada em 2001, pelos amigos de infância Dan Auerbach e Patrick Carney, que em seus 24 anos de carreira já lançou 11 álbuns de estúdio e conquistaram seis Grammys e um Brit Awards. A segunda aparição da banda no SXSW 2024 foi como parte dos palestrantes do festival. O painel com a dupla foi um dos principais desta quinta-feira, 14.
A dupla arrastou uma multidão para o Ballroom D, principal espaço de painéis do festival, e arrancou gargalhadas dela, devido a seu humor peculiar. Trajetória da banda Conduzida pela escritora sênior da revista Rolling Stone, Angie Martoccio, a conversa começou com Carney contando como foi o início da banda, que passou por muitos altos e baixos até estourar.
O baterista afirmou que após terminar seu primeiro disco ‘The Big Come Up’, a dupla queria sair em turnê, mas não tinha dinheiro, então começou a cortar grama para juntar dinheiro. Na primeira vez que estiveram no SXSW, em 2003, a banda não conseguiu se hospedar na cidade, exemplificou o baterista sobre a condição financeira deles na época.
Transformação e parcerias nos novos álbuns
Ao serem questionados sobre como foi o processo de fazer o documentário, Auerbach afirmou: ‘Bastante desconfortável na maior parte do tempo’.
Carney ressaltou que houve alguns momentos desagradáveis de serem assistidos. Um desses momentos foi quando a dupla estava prestes a fazer o seu primeiro show em uma arena nos Estados Unidos e Dan não compareceu na passagem de som. ‘É apenas uma gravação completa minha sendo um completo idiota’, enfatizou o baterista sobre esse momento gravado no documentário.
Carney reforçou ainda que assistir o documentário foi uma experiência louca para ele, porque apesar de a banda estar estourando, em alguns momentos, eram momentos de muita ansiedade para ele. ‘Nunca pensei que teríamos fãs ou tocaríamos no Madison Square Garden. Eu nunca tinha ido a um show em uma arena até tocarmos em uma’.
O sistema de distribuição musical e críticas de The Black Keys
A dupla ainda comentou que muitos fãs não gostaram de como eles mudaram seu estilo com o passar dos anos. Porém, enfatizaram que foi justamente isso que manteve a banda viva por tanto tempo. ‘O truque para manter a banda vital é continuar tentando coisas novas’, comentou o baterista.
Neste sentido de transformação, a banda começou fazer mais parcerias com outros artistas em seus álbuns. ‘Começamos lentamente a convidar diferentes músicos ou escritores para o nosso mundo. E sinto que crescemos a partir daí. Neste novo álbum [Ohio Players], colaboramos pela primeira vez com algumas pessoas como Beck e Noel Gallagher’, contou Auerbach.
Ao serem questionados sobre como é lançar um álbum nos dias de hoje, em que a música é distribuída via streaming, Carney criticou esse sistema no qual a indústria musical se encontra. O baterista enfatizou que no começo de sua carreira, havia uma mídia social bastante ativa no entorno dos lançamentos das músicas, mas que isso mudou. ‘Agora esperamos que algum idiota a coloque no TikTok.
Nossa carreira inteira depende disso’, brincou.
Fonte: @ Meio&Mensagem
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