Paralisações serão completamente suspensas até 3 de julho. Docentes das instituições federais aceitaram proposta de reajuste, técnicos ainda mantêm greve.
Os professores das universidades federais optaram por finalizar as paralisações nacionais dos docentes, que tiveram início em abril. O anúncio foi feito pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). De acordo com a entidade, as paralisações serão encerradas por completo entre 26 de junho e 3 de julho. A decisão de encerrar a greve foi tomada após assembleias estaduais que aceitaram a proposta de reajuste enviada pelo governo federal.
Além disso, docentes e técnicos de instituições federais de ensino básico e técnico também comunicaram neste domingo que irão encerrar as paralisações. Apenas os técnicos ligados às universidades federais ainda não decidiram suspender a greve. Os professores das universidades federais concordaram em encerrar a paralisação nacional dos docentes, que começou em abril deste ano em instituições de ensino superior em todo o país.
Decisão sobre Paralisações Após Assembleias Estaduais
A decisão de encerrar as paralisações foi tomada após a conclusão das assembleias estaduais, que contaram com a maioria dos votos a favor da proposta de reajuste enviada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início deste mês. Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o comando nacional da greve optou por suspender as paralisações a partir desta quarta-feira (26) — quando a entidade deve assinar um acordo junto ao Ministério da Gestão e Inovação para consolidar os termos da proposta. As paralisações serão completamente encerradas até o próximo dia 3 de julho, conforme comunicado pela entidade. O retorno às atividades acadêmicas dependerá da decisão interna de cada instituição federal de ensino, que terá autonomia para definir seu calendário.
Greve na Educação Federal e Movimento de Abandono às Paralisações
A decisão deste domingo marca o fim de uma greve que se estendeu por mais de 60 dias e confirma um movimento de abandono às paralisações por parte de professores de diversas instituições do país. Até o momento, 55 universidades ainda estavam enfrentando paralisações, mas ao longo da última semana, várias delas sinalizaram a intenção de encerrar o movimento e aceitar os termos da proposta de acordo enviada pelo governo. Exemplo disso foram os docentes da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que optaram por retomar as aulas. Neste domingo, outras categorias também decidiram encerrar as paralisações, incluindo professores e técnicos-administrativos de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e outras unidades de ensino básico, técnico e tecnológico, que aceitaram as propostas do governo.
Rejeição à Proposta de Reajuste por Técnicos-Administrativos
Os técnicos-administrativos vinculados às universidades federais foram os únicos a rejeitar, no último dia 21, a proposta de reajuste encaminhada pelo governo. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) planeja se reunir nesta segunda (24) para reavaliar as estratégias em relação à categoria. O Ministério da Gestão e Inovação tem como meta concluir todas as negociações até esta quarta (26).
Acordo de Reajuste para Professores das Federais
O acordo aceito pelos professores das federais prevê reajustes em 2025 e 2026, com percentuais distintos para cada classe profissional. Além disso, a proposta do governo inclui a revogação de uma portaria, emitida em 2020, que aumentou a carga horária mínima semanal para os professores.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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