Filhos de diplomatas na Delegacia Especial de Atendimento à Injúria Racial por tratamento diferenciado.
A Polícia Civil finalizou a investigação sobre a abordagem policial a três jovens negros filhos de diplomatas, ocorrida em julho deste ano, na região sul da cidade do Rio de Janeiro. A Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) determinou que não foi identificado racismo por parte dos policiais militares que realizaram a abordagem aos jovens.
No entanto, é importante ressaltar que a luta contra a discriminação e o preconceito racial deve ser constante em nossa sociedade. A intolerância não pode ter espaço em nossas instituições, e é fundamental promover a conscientização e o respeito mútuo entre todos os cidadãos.
Racismo: Inquérito Conclui Falta de Injúria Racial
Uma investigação recente revelou que não houve o crime de injúria racial, uma forma específica de racismo. Os jovens estavam visitando o Rio de Janeiro e foram parados por policiais militares enquanto estavam na entrada de um prédio em Ipanema, acompanhados por um amigo branco. Segundo a Polícia Civil, em seus depoimentos, os três adolescentes negros e o amigo branco não mencionaram terem sido alvo de insultos ou palavras ofensivas de natureza racial, discriminatória ou humilhante por parte dos policiais. Além disso, os policiais teriam tratado todos os quatro jovens da mesma maneira.
A abordagem não apresentou tratamento diferenciado, e todos foram revistados sem distinção de cor. O relatório final do inquérito conclui que não houve intenção de cometer injúria racial, uma forma de racismo, de acordo com as imagens e depoimentos obtidos. A Polícia Civil afirmou que não houve evidências de injúria racial ou racismo.
Em sua defesa, os policiais alegaram que um turista estrangeiro os abordou e relatou ter sido roubado pouco antes do incidente com os jovens negros. As imagens das câmeras corporais dos policiais confirmaram a versão apresentada. Segundo o inquérito, o turista forneceu informações sobre os suspeitos aos policiais.
Os policiais avistaram o grupo de jovens negros e fizeram uma abordagem padrão, seguindo a descrição dos suspeitos fornecida pelo turista estrangeiro. A advogada Raquel Fuzaro, que representou os jovens durante os depoimentos, expressou surpresa e indignação com o relatório do inquérito policial. Ela destacou que as imagens mostram claramente que o amigo branco entrou no prédio sem ser abordado, enquanto os amigos negros foram tratados de forma agressiva, com armas apontadas para suas cabeças. A advogada enfatizou a abordagem discriminatória baseada no perfil racial.
Fonte: @ Agencia Brasil
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