A Associação de Alzheimer dos EUA lançou critérios atualizados para diagnosticar a doença, mas especialistas alertam sobre riscos de conflitos financeiros.
Com outro tratamento dispendioso para a Demência de Alzheimer aguardando uma decisão de aprovação em breve, a Associação de Alzheimer, uma organização sem fins lucrativos, divulgou a versão final de seus novos critérios diagnósticos para a Demência de Alzheimer. Pela primeira vez, os critérios solicitam que os médicos que diagnosticam a Demência de Alzheimer se baseiem em biomarcadores — fragmentos de beta-amiloide e proteínas tau detectados por testes laboratoriais ou em exames de imagem do cérebro — em vez de testes de memória e raciocínio realizados com papel e caneta.
Essa condição progressiva, a Demência de Alzheimer, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Os novos critérios diagnósticos da doença de Alzheimer representam um avanço significativo na identificação precoce e no tratamento eficaz da condição. A incorporação de biomarcadores nos critérios de diagnóstico pode revolucionar a maneira como a demência de Alzheimer é abordada clinicamente, proporcionando esperança para pacientes e suas famílias.
Demência de Alzheimer: Sinais que Desaparecem de Exames de Paciente nos EUA
Genes que aumentam o risco de Alzheimer podem ser herdados, conforme estudo recente. A saúde dos olhos pode indicar o risco de Alzheimer com antecedência de até 12 anos. A ideia por trás dessa mudança é a detecção precoce da condição, antes do surgimento dos sintomas. A detecção precoce pode levar ao diagnóstico da Demência de Alzheimer com base em exames laboratoriais, mesmo na ausência de dificuldades de memória. Os autores defendem que a biologia deve ser a base do diagnóstico, em contraposição aos sintomas. No entanto, a ausência de sintomas não garante que a pessoa não os desenvolverá no futuro.
Critérios e Diagnósticos da Doença de Alzheimer:
Especialistas e grupos de vigilância questionam os critérios de diagnóstico, indicando que proteínas beta-amiloide podem estar presentes no cérebro e no sangue sem que os sintomas de demência se manifestem. A administração de medicamentos caros e arriscados antes do surgimento dos sintomas é um ponto de controvérsia. Os riscos e benefícios do diagnóstico precoce são discutidos, com novos medicamentos mostrando benefícios modestos em ensaios clínicos.
Testes e Exames para Diagnóstico:
Peptídeos beta-amiloide, associados à formação de placas no cérebro, são considerados marcadores da doença de Alzheimer. O anticorpo lecanemab, aprovado pela FDA em 2023, demonstrou retardar o declínio cognitivo em pacientes nos estágios iniciais da doença. Medicamentos experimentais, como o donanemab, também mostraram resultados promissores na progressão da doença. No entanto, esses medicamentos não estão isentos de riscos, podendo levar a complicações como acúmulo de fluidos e micro-hemorragias no cérebro.
Sintomas e Tratamentos da Demência de Alzheimer:
Estudos continuam a explorar o papel do beta-amiloide na doença, com debates sobre sua relação causal. Enquanto alguns especialistas consideram as placas uma consequência da condição, outros as veem como sua causa. Aprovações recentes de medicamentos para a doença de Alzheimer indicam avanços na busca por tratamentos eficazes. No entanto, a necessidade de equilibrar os benefícios terapêuticos com os riscos potenciais permanece como um desafio na organização de cuidados para pacientes com Demência de Alzheimer.
Fonte: © CNN Brasil
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