Terremoto, incêndios e ataques na Segunda Guerra Mundial em Tóquio mataram milhares. Maior número de restaurantes, natureza feita homem, bombardeio no país.
As tragédias recorrentes causadas por terremotos no Japão moldaram a maneira como os arquitetos e engenheiros projetam edifícios na região. Os eventos trágicos do passado levaram a inovações em tecnologia anti-sísmica, resultando em arranha-céus de vidro que desafiam as probabilidades. Mesmo diante da imprevisibilidade da natureza, a engenharia japonesa continua a se destacar pela sua resiliência e capacidade de resistir a abalos.
A adaptabilidade dos edifícios aos eventos trágicos é uma prioridade constante, demonstrando o compromisso do Japão em minimizar os impactos das catástrofes naturais. Além dos reforços estruturais visíveis nos arranha-céus de Tóquio, as fundações profundas e amortecedores de vibração também desempenham um papel crucial na proteção das construções. A união entre design inovador e segurança sísmica se destaca como um legado das tragédias passadas, influenciando a arquitetura urbana japonesa.
Recordando as Tragédias: Museu em Tóquio Homenageia Vítimas
Sob a sombra de eventos trágicos que marcaram a história do Japão, o Kanto Earthquake Memorial Museum – Sumida se destaca como um testemunho da resiliência do povo japonês diante de terríveis adversidades. Ao adentrar suas instalações, os visitantes são transportados para um passado marcado por calamidades e dor, com o objetivo de garantir que as tragédias não sejam esquecidas.
No primeiro andar do museu, o foco recai sobre o grande terremoto de setembro de 1923, que assolou o país com sua magnitude de 7,9. Casas desmoronaram, incêndios se alastraram e milhares de vidas foram ceifadas em meio ao caos. A madeira das construções contribuiu para a propagação das chamas, gerando um cenário de devastação no qual a cidade de Tóquio se viu mergulhada.
O museu preserva registros e relatos que ilustram a extensão do sofrimento provocado pela natureza e como a resiliência humana se fez presente nos momentos mais sombrios. No entanto, além de relembrar as tragédias naturais, o espaço também presta homenagem às vítimas de outra tragédia, aquela provocada pelo homem durante a Segunda Guerra Mundial.
Em um doloroso contraste com o desastre natural, o bombardeio de boa parte do país, em especial a capital japonesa, deixou marcas indeléveis na história do Japão. Aviões despejaram toneladas de bombas incendiárias sobre Tóquio, ceifando a vida de mais de cem mil residentes em uma única noite fatídica. O fogo, aliado aos ventos fortes, propagou destruição e desespero, culminando em uma tragédia humanamente concebida.
O museu, em sua missão de preservar a memória e prestar contas do passado, exibe um quadro que detalha as doações recolhidas para a reconstrução da cidade após o terremoto, incluindo contribuições vindas do Brasil. Essa atitude altruísta e solidária, em meio ao caos e à desolação, ressalta a capacidade do ser humano de se unir para superar as adversidades mais desafiadoras.
Ao final da visita, os visitantes têm a oportunidade de contemplar o templo erguido em memória das vítimas, um local sagrado que honra as almas daqueles que pereceram em meio às tragédias que marcaram a história do Japão. O museu, símbolo de perseverança e lembrança, permanece como guardião das histórias e da memória daqueles que conheceram o sofrimento nas suas formas mais cruéis. Elas não serão esquecidas.
Fonte: @ CNN Brasil
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