Ministério da Saúde amplia investimento no Programa Nacional da Triagem Neonatal para diagnóstico precoce de doenças genéticas e metabólicas.
O Ministério da Saúde divulgou hoje a destinação de recursos adicionais de mais de R$ 30 milhões anualmente para expandir o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), também chamado de teste do pezinho. A medida visa assegurar o acesso ao diagnóstico precoce e, por conseguinte, ao tratamento adequado e eficaz.
Realizar o exame do pezinho é fundamental para identificar possíveis doenças metabólicas e genéticas que podem afetar a saúde dos recém-nascidos. Com a ampliação dos investimentos no programa de triagem neonatal, mais crianças terão a oportunidade de receber o cuidado necessário desde os primeiros dias de vida, promovendo um desenvolvimento saudável e prevenindo complicações futuras.
Programa Nacional da Triagem Neonatal
A pasta ressaltou que, por meio do resultado do teste do pezinho, é viável evitar mortes e deficiências, garantindo uma melhor qualidade de vida para pacientes que são acometidos por condições como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita.
Apesar de não haver um número exato de doenças classificadas como raras, a estimativa das autoridades sanitárias é que existam mais de 5 mil tipos, associados a fatores genéticos, ambientais, infecciosos e imunológicos. Atualmente, a rede pública disponibiliza 31 serviços de referência e mais de 60 protocolos clínicos para condições específicas.
Triagem Neonatal
A projeção do ministério é que, com o investimento anunciado, a rede seja ampliada para incorporar mais 29 serviços de referência em triagem neonatal, distribuídos em todos os estados e no Distrito Federal através de unidades de saúde pública, filantrópicas, universitárias e privadas. O programa também prevê a habilitação de 28 laboratórios para triagem neonatal.
Com a adição imediata de R$ 30 milhões, o programa também investirá na logística – através dos Correios – na atualização dos valores de procedimentos do teste do pezinho, na inserção e capacitação do uso da tecnologia de espectrometria de massas e na formação das câmaras técnicas assessoras em doenças raras e de triagem neonatal, conforme anunciou o ministério.
Doença falciforme
Além disso, com a expansão das ações, o teste do pezinho passa a ser parte integrante dos serviços de referência em triagem neonatal, exigindo uma equipe mínima composta por um pediatra, um enfermeiro, um nutricionista, um psicólogo e um assistente social, de acordo com a pasta.
Outros critérios de incentivo incluem o monitoramento dos indicadores do teste do pezinho, o matriciamento da rede de coleta, a capacitação dos profissionais de saúde em relação às doenças raras, a atenção ao paciente diagnosticado e aos casos complexos, bem como a operacionalização da triagem, conforme informado pelo ministério.
Fonte: © TNH1
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