Prisma Fiscal de agosto aponta projeção de déficit primário em 2024, com expectativa de arrecadação federal negativa e aumento da dívida bruta.
O mercado reduziu em cerca de R$ 8 bilhões a sua previsão para o déficit primário deste ano. De acordo com o Prisma Fiscal de agosto, divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta quarta-feira, as projeções para o saldo negativo do próximo ano também tiveram queda. As estimativas foram feitas por instituições financeiras, consultorias e gestoras de recursos.
A análise do déficit fiscal é essencial para compreender o cenário econômico atual. O Prisma Fiscal de agosto revela uma melhora nas projeções para o déficit primário, indicando uma possível estabilização das contas públicas. A atenção para esses indicadores é fundamental para a tomada de decisões no mercado financeiro.
Projeção do Déficit Primário para 2024
Entre os dias 8 de julho e 7 de agosto, os dados foram compilados. A projeção mediana para o déficit primário de 2024 sofreu uma alteração mensal, passando de R$ 81,424 bilhões para R$ 73,5 bilhões. A meta estabelecida para o resultado primário é de déficit zero para o corrente ano, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. Essa faixa de 0,25 ponto percentual equivale a aproximadamente R$ 28,8 bilhões, tanto positivos quanto negativos.
Expectativa para o Déficit Primário em 2024
As estimativas de diversas instituições financeiras, consultorias e gestoras de recursos para o déficit primário do próximo ano variaram de R$ 95,341 bilhões para R$ 91,688 bilhões. Em relação à dívida bruta do governo geral (DBGG), o indicador principal do endividamento público, a projeção do mercado evoluiu de 77,46% para 77,72% até o final deste ano, considerando o PIB. Para 2025, a expectativa aumentou de 80,1% para 80,32%.
Arrecadação Federal e Despesas Totais
A previsão para a arrecadação federal em 2024 subiu de R$ 2,612 trilhões para R$ 2,622 trilhões. No que diz respeito às receitas líquidas, o valor passou de R$ 2,131 trilhões para R$ 2,135 trilhões. Enquanto isso, a projeção para as despesas totais do governo federal permaneceu praticamente inalterada, em torno de R$ 2,209 trilhões. Para o ano de 2025, as projeções para essas variáveis foram estabelecidas em: R$ 2,751 trilhões (anteriormente R$ 2,744 trilhões); R$ 2,245 trilhões (anteriormente R$ 2,235 trilhões); R$ 2,333 trilhões (anteriormente R$ 2,343 trilhões).
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo