Há mais de 30 anos, João Pedro Novaes, técnico em meliponicultura, confere lei de preservação da biodiversidade local em propriedades rurais no Ceará.
A cidade de Santa Rosa de Lima, em Santa Catarina, foi oficialmente reconhecida como a Capital Nacional da meliponicultura. A legislação que atribui esse status ao município entrou em vigor recentemente, no dia 5, quando foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) após a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A meliponicultura é uma prática fundamental para a preservação das abelhas nativas do Brasil.
O avanço da meliponicultura em Santa Rosa de Lima é um reflexo do crescente interesse pela criação de abelhas nativas. A comunidade local tem se dedicado a promover a conservação dessas espécies, contribuindo para a biodiversidade da região. A valorização da meliponicultura é essencial para garantir a sustentabilidade ambiental e o equilíbrio dos ecossistemas locais.
Meliponicultura: preservação das abelhas nativas
São insetos que já existiam no país antes que a espécie Apis mellifera, trazida da Europa e da África, fosse introduzida no país. As abelhas nativas têm como característica principal a presença de um ferrão atrofiado, que não é utilizado para defesa. Entenda as diferenças entre as bengalas brancas, verdes e vermelhas. Lula sanciona lei que permite visita de crianças a pais internados em hospitais. Entenda a relação entre o dourado e o incentivo ao aleitamento materno em agosto. A prática foi iniciada na cidade catarinense na década de 1990, quando enxames retirados de madeiras nobres destinadas a serrarias começaram a ser transferidos para caixas de maneira. Posteriormente, foram utilizadas técnicas de manejo do técnico João Pedro Novaes, que promoveu a multiplicação das colônias. A partir daí, foram enviados enxames de Santa Rosa de Lima para toda Região Sul e parte do Sudeste, onde espécies dessas abelhas já estavam extintas ou em grande risco devido ao avanço da agricultura. Atualmente, a cidade abriga mais de 25 mil colônias matrizes de 31 espécies diferentes de abelhas, como a guaraipo, promovendo o sustento de cerca de 100 famílias e contribuindo para a preservação da biodiversidade local. Características regionais. De iniciativa da Câmara dos Deputados, a lei que confere a atividade de meliponicultura foi aprovada no Senado sem emendas pela Comissão de Agricultura. A relatora, senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), enfatizou que a topografia acidentada de Santa Rosa de Lima favorece a meliponicultura em detrimento da agricultura em larga escala. ‘A integração da meliponicultura na estrutura social e educacional do município, com a presença de criadouros urbanos e projetos em escolas e unidades de saúde, destaca o compromisso de Santa Rosa de Lima com a educação ambiental e a conservação de espécies’, afirmou. Em 95% das propriedades rurais da cidade, há colônias de abelhas sem ferrão, existindo inclusive aluguel de terras para a criação. Histórico da cidade. O município tem atualmente 2.088 habitantes, segundo o último Censo. Fundada em 10 de maio de 1962, Santa Rosa de Lima foi colonizada por imigrantes alemães e italianos que, no início do século, foram levados a Santa Catarina para proteger os carregamentos de charque (carne de sol) vindos do Rio Grande do Sul em direção a São Paulo. *Com informações da Agência Senado. Entenda regras do TSE para uso de inteligência artificial nas eleições. Tópicos: Abelhas, Insetos, Região Sul, Santa Catarina, Senado Federal. Compartilhe:
Fonte: @ CNN Brasil
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