Lula critica publicamente a decisão do Copom sobre a taxa Selic, apontando falta de autonomia do presidente do Banco Central.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua insatisfação com a mais recente determinação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, descrevendo-a como ‘lamentável’ e mencionando o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, como ‘aquele jovem’.
Luiz Inácio Lula da Silva, que já ocupou o cargo de presidente do Brasil, demonstrou preocupação com a postura do Banco Central e enfatizou a importância de uma atuação mais alinhada com as necessidades da população. ‘A atuação do Copom precisa ser mais sensível às demandas da sociedade’, ressaltou Lula, em referência à recente decisão do presidente do Banco Central.
Lula critica autonomia do Banco Central em entrevista à rádio de Fortaleza
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, fez duras críticas à decisão do Copom, órgão responsável por definir a taxa Selic, em manter a taxa de juros em 10,50% ao ano. Durante uma entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, Lula questionou a falta de autonomia do Banco Central e a postura do presidente da entidade, Campos Neto, destacando que a manutenção da taxa prejudica o país e sua população.
Em sua fala, Lula ressaltou que, embora seja tradição o presidente da República não interferir nas decisões do Copom, é importante questionar a autonomia do Banco Central, que foi estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro. Para o ex-presidente, a manutenção da taxa Selic impacta diretamente nos investimentos no país, limitando a capacidade de crescimento econômico e de geração de empregos.
Além das críticas à política monetária, Lula abordou também a situação das universidades federais, que enfrentam uma greve de servidores há três meses. O ex-presidente defendeu o direito dos trabalhadores de reivindicar melhores condições, mas ressaltou que o governo já fez propostas de reajustes salariais e benefícios, buscando atender às demandas dos grevistas.
As paralisações nas universidades têm como principais reivindicações a reestruturação de carreira, recomposição de salários e aumento do orçamento para a educação. Lula destacou que o governo ofereceu reposições salariais e reajustes, mas lamentou a falta de reconhecimento por parte dos grevistas, ressaltando a disposição do governo para negociar e chegar a um acordo que atenda às demandas dos servidores.
Em outra ocasião, antes da reunião do Copom, Lula criticou novamente a alta taxa de juros e a falta de autonomia do Banco Central, afirmando que o comportamento da entidade está desajustado. A decisão do Copom de manter a taxa Selic foi apoiada unanimemente, inclusive pelos quatro indicados por Lula no Banco Central, evidenciando a divergência de opiniões no cenário econômico atual.
Fonte: @ JC Concursos
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