O inquérito sobre os assassinatos foi direcionado ao ministro Alexandre de Moraes. Ex-policial envolvido na investigação revelou em acordo de delação premiada os mandantes e os motivos do crime.
Na capital federal, Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, divulgou hoje que o STF (Supremo Tribunal Federal) validou a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos tiros que resultaram na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no ano de 2018.
O anúncio feito pelo ministro destaca a importância do Supremo Tribunal Federal para garantir que a justiça seja feita no caso do assassinato de Marielle Franco. A homologação da delação premiada de Ronnie Lessa é mais um passo importante para esclarecer os detalhes do crime e identificar os responsáveis. O apoio do STF é fundamental para a resolução desse caso complexo.
O STF e a investigação dos assassinatos
O Supremo Tribunal Federal recebeu no último dia 11 parte da investigação sobre os assassinatos. O caso foi distribuído nesta quarta-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes. Antes, a investigação tramitava no STJ. O deslocamento ao Supremo costuma ocorrer quando são citados pessoas com prerrogativa de foro na corte nas investigações.
A Constituição Federal prevê que, em processos criminais, os ocupantes de determinados cargos serão julgados por tribunais específicos e não por um juiz de primeira instância, como aconteceria num processo normal. O processo está sob sigilo e não há informação de quem seria o envolvido que motivou o deslocamento do caso. A vereadora foi assassinada no centro do Rio, na noite de 14 de março de 2018.
A investigação dos ex-policiais e o acordo de colaboração
O carro em que Marielle estava – e que era conduzido por Anderson – foi alvejado por 13 tiros. Os motivos e os mandantes do crime permanecem desconhecidos. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos. O primeiro foi acusado de ser o autor dos disparos, enquanto o segundo, de dirigir o veículo usado no assassinato. Lessa fechou um acordo de delação premiada no inquérito.
O caso corre em sigilo no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e a colaboração ainda precisa ser homologada pela corte. A medida fez o caso avançar após cinco anos sem respostas sobre quem mandou matar Marielle. Após o depoimento do ex-PM, os investigadores chegaram a novas suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio).
Novos desdobramentos e a prisão do envolvido
Como Brazão tem foro especial, o inquérito foi enviado ao STJ em outubro do ano passado. Ele nega participação no crime. A movimentação do caso para o STF traz novas expectativas para a investigação que envolve diversos aspectos, desde os motivos do crime até os possíveis mandantes. A colaboração de ex-policiais e depoimentos são fundamentais para desvendar o assassinato da vereadora e de seu motorista.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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