Private cresceu 16% em 15 meses e atingiu R$ 830 bilhões sob gestão com recorde de abertura de contas offshore no ano passado, investindo em pessoas e tecnologia para manter liderança no mercado.
Desde que assumiu a liderança do Itaú Private, Fernando Beyruti estabeleceu como objetivo alcançar a marca de R$ 1 trilhão sob gestão até 2027. No entanto, devido ao desempenho acelerado, a expectativa é que essa meta seja atingida antecipadamente. Em apenas 15 meses, o segmento registrou um crescimento de 16%, totalizando R$ 830 bilhões sob gestão. Esse aumento expressivo é resultado dos investimentos em pessoas, tecnologia e uma abordagem inovadora no atendimento aos clientes.
Com o compromisso de proporcionar soluções completas e personalizadas, o Itaú Private consolidou-se como referência no mercado de alta renda. O Banco I, por meio do Itaú Wealth, tem se destacado pela excelência no serviço oferecido aos seus clientes. Além disso, a constante busca por inovação e o foco na experiência do cliente têm contribuído significativamente para o crescimento exponencial do segmento. Essa estratégia tem sido fundamental para alcançar resultados cada vez mais sólidos e sustentáveis.
Itaú Private: Liderança Consolidada e Crescimento Sólido
E uma resposta a esse mercado cada vez mais competitivo que o Itaú não quer sair da liderança. O maior private do Brasil avançou 0,7 ponto percentual em marketshare em 2023, chegando a 29,5%. Resultado de uma captação de R$ 36 bilhões e com crescimento de 16,3% da operação onshore, chegando a R$ 634 bilhões.
E no offshore, um avanço de cerca de 10%, chegando a US$ 35,5 bilhões (cerca de R$ 171 bilhões) com número recorde de novas contas em um ano. A resposta para esse crescimento no número de contas é que tantos clientes (que tem no mínimo R$ 10 milhões) que não tinham conta no exterior buscaram abrir, como quem tinha resolveu mandar mais dinheiro para o exterior.
Itaú Wealth e Banco I: Expansão no Mercado Local e Global
A aposta é que esse movimento ainda está só no começo. ‘Vemos cada vez mais interesse do brasileiro em ter investimentos lá fora e temos realmente incentivado a diversificação, mostrando os benefícios e vendo esse movimento acontecer’, diz Beyruti, head global do Itaú Private Bank, em entrevista ao NeoFeed. Também houve a conquista dos clientes não residentes.
Uma grande aposta de crescimento no exterior são os brasileiros e latinos que foram morar na Europa e nos Estados Unidos. O Itaú tem conseguido conquistar mesmo competindo diretamente com grandes bancos internacionais, como J.P. Morgan, Merrill Lynch, Citibank e UBS. O banco, que possui escritórios nos Estados Unidos, na Suíça e em Portugal, vem contratando profissionais nessas localidades.
‘Estamos com uma plataforma realmente completa. E temos a vantagem de conhecer o cliente por muito tempo e com essas informações o ajudar a ter uma vida lá fora, e mesmo manter investimentos necessários no Brasil’, afirma Beyruti. Já o forte crescimento no mercado local é fruto de uma estratégia de aproximação com o interior do País.
Presente nas cidades de São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Blumenau, Porto Alegre e Curitiba, o private do Itaú ainda tem um market share maior no eixo Rio-São Paulo. E para se aproximar do restante do País realizou mais de 270 eventos.
Itaú Private: Foco na Excelência do Atendimento e Inovação
Na visão do banco, a aproximação com o interior será fundamental para capturar a abertura do mercado de capitais. Se nos últimos anos, com o mercado ‘parado’, o jogo do wealth management estava centrado no ‘rouba monte’ e em ganhar mais share of wallet, neste ano, será o momento de capturar as novas riquezas que estão sendo geradas.
‘Nos preparamos internamente para esse momento, e estamos mais organizados do que nunca com o nosso corporate para capturar sinergias entre o wealth e o investment banking, e gerar aqui as grandes emissões e depois deixá-las no nosso private’, diz Beyruti.
A aposta na nova experiência para o cliente O Itaú foi o primeiro private local a construir uma operação parruda no exterior para competir com os bancos internacionais pelo dinheiro dos brasileiros, mas tem cada vez se deparado com uma competição mais acirrada.
Itaú Wealth e Banco I: Estratégias de Crescimento e Inovação
Entre os estrangeiros, o Credit Suisse ganhou musculatura com a aquisição pelo UBS e o Citi elegeu o Brasil como um dos países prioritários para seu wealth. Entre os locais, o Bradesco, segundo maior private do Brasil, com R$ 450 bilhões sob gestão, está reestruturando toda a sua estrutura de wealth management e investindo na integração do Bradesco Bank, em Miami, com o Brasil. Já o Santander fez uma reestruturação no seu Private, com cerca de R$ 300 bilhões sob gestão, para conectar toda a estrutura que tem no exterior para o seu cliente aqui no Brasil.
Os dois estão na disputa, junto com o Itaú, para ser o principal banco dos latinos no mundo desenvolvido. Mas, no mercado local, a concorrência é ainda mais acirrada. Todos esses players têm crescido fortemente no Brasil, principalmente pelo interior e em regiões do agronegócio, estratégia que também rendeu ao BB Private um ano de 2023 surpreendente.
Itaú Private: Inovação e Segmentação para Atender Melhor
Para se diferenciar, o Itaú está apostando em trazer um atendimento mais assertivo e no uso de dados e inteligência artificial para isso. Se antes o private estava segmentado apenas em quem eram os clientes da base, high e ultra-high, agora o Itaú está dividindo os clientes por perfil, como entre os que querem delegar a gestão e os que gostam de participar mais ativamente.
E também entre os que preferem investimentos de longo prazo e aqueles que gostam de fazer tradings. ‘Tem cliente que quer falar toda semana e aprovar as recomendações ou cliente que prefere falar o mínimo possível, acompanhar de longe e confiar que estamos fazendo um bom trabalho. Vimos que precisamos atender o perfil da melhor maneira possível e estamos segmentando’, afirma Beyruti.
O uso de dados também está sendo usado para dar vantagens aos clientes private, como um ingresso para um show e torneios esportivos. E, mesmo usando tecnologia para otimizar esse trabalho, o Itaú entendeu que precisava fazer um grande investimento em pessoas para tornar o atendimento mais personalizado.
Itaú Wealth e Banco I: Inovações e Modelos de Gestão Financeira
Para combater outro ‘foco de ataque’ do mercado, vindo da cada vez mais crescente indústria de multi family offices (MFO) independentes com o discurso de que os bancos não são transparentes e agem com interesses próprios, o private está incubando um modelo aos moldes do seu MFO (com cerca de R$ 60 bilhões sob gestão) para os clientes que prefiram o modelo de gestão discricionário com um fee based e devolvendo custos de distribuição, em vez do tradicional modelo comissionado dos orivates.
Por enquanto, há apenas algumas dezenas de famílias nesse modelo, com uma consolidação da carteira onshore e offshore apenas do Itaú. Mas, no futuro, o banco quer consolidar outras plataformas. ‘Todo modelo tem conflito. Mas queremos atender o cliente no modelo que ele se sinta mais confortável e com toda a transparência possível, que sempre tivemos.
Mas, por enquanto, a maioria dos clientes prefere o modelo comissionado’, diz head global do Itaú Private Bank. Com essas apostas, o banco mostra que enquanto a competição de fato se fortalece, está olhando para frente e também para dentro para achar as respostas para seguir na liderança de um mercado em rápida evolução. E, como consequência, a marca de R$ 1 trilhão já começa a ser palpável.
Fonte: @ NEO FEED
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