Crescimento foca em crianças de 2 a 14 anos, Boletim, InfoGripe, Síndrome Respiratória Aguda Grave.
O mais recente relatório InfoGripe da Fiocruz, publicado na sexta-feira (16), revela um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em São Paulo e Bahia. Nessas regiões, o número de casos dessa condição tem se elevado, principalmente entre crianças e adolescentes de dois a 14 anos.
A Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma condição preocupante que tem sido observada com mais frequência em São Paulo e Bahia, afetando principalmente crianças e adolescentes. A Fiocruz divulgou que o aumento de casos de SRAG nessas faixas etárias é um alerta para a necessidade de medidas preventivas e de cuidado com a saúde respiratória.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e seus Impactos
A análise recente apontou um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 entre os idosos em diversos estados, como Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O Boletim InfoGripe destaca que, em relação à mortalidade, o vírus Influenza A tem sido predominante entre os óbitos na faixa etária de 5 a 64 anos nas últimas semanas.
De acordo com Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), na Bahia, os dados laboratoriais sugerem que o aumento de casos de SRAG esteja associado ao rinovírus. Em contrapartida, em São Paulo, ainda não há evidências claras dessa relação, mas considerando o perfil das pessoas mais afetadas e o contexto epidemiológico do país, é provável que o rinovírus também tenha contribuído para o aumento de casos de SRAG no estado.
O estudo aponta que a diminuição da SRAG em nível nacional se deve, em grande parte, à redução ou estagnação do crescimento dos casos de SRAG causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A em várias regiões do país. O InfoGripe ressalta que o VSR continua sendo a principal causa de internações e óbitos em crianças com até dois anos, apesar de ter apresentado queda nas últimas semanas.
Além disso, o rinovírus tem se destacado como um vírus respiratório associado à incidência de SRAG em crianças e adolescentes de até 14 anos. Em estados do Sul e Sudeste, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, onde a influenza A vinha registrando aumento entre os idosos, já é possível notar uma interrupção desse crescimento.
No que diz respeito ao VSR, que afeta principalmente crianças com até dois anos, a redução de casos já está mais consolidada na maior parte do território nacional. O Rio Grande do Sul, que vinha apresentando aumento de SRAG por VSR, agora demonstra sinais de estabilização, conforme apontado pela pesquisadora.
Fonte: @ Agencia Brasil
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