Índice avalia desempenho dos alunos em matemática e língua portuguesa, fluxo escolar e metas não renovadas em 2022.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (IDEB) demonstra, em 2023, avanços significativos em comparação a 2021, porém revela que os esforços realizados ainda não foram satisfatórios para atingir plenamente os objetivos estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Os resultados do IDEB refletem a realidade do sistema educacional do país, evidenciando a necessidade contínua de investimentos e aprimoramentos no Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira para garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes.
IDEB: Avanços e Desafios na Educação Brasileira
Os problemas mais graves foram identificados no ensino fundamental II e no ensino médio, especialmente no desempenho dos alunos nas avaliações de matemática e língua portuguesa. Essas questões foram destacadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) durante a divulgação dos resultados do Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira.
Em relação ao contexto, o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu metas no Ideb considerando o período de 2007 a 2021. Com a ausência de um novo patamar divulgado, o G1 comparou os índices atuais com a escala vigente dois anos atrás.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional atingiu 6, representando um aumento em relação a 5,8 em 2021 e 5,9 em 2019. A meta estabelecida para essa etapa era 6 em 2021.
Já nos anos finais do ensino fundamental, o índice foi de 5, enquanto em 2021 era 5,1 e em 2019, 4,9. A meta para essa etapa era 5,5 em 2021.
No ensino médio, o Ideb alcançou 4,3, um acréscimo de 0,1 comparado a 2021 e 2019 (4,2). A meta estabelecida para o ensino médio em 2021 era 5,2.
Destaca-se que apenas a etapa dos estudantes de 1º a 5º ano alcançou a meta, impulsionada principalmente pelas melhorias no fluxo dos alunos na escola.
Manuel Palacios, presidente do Inep, ressaltou que, no início dos anos 2000, as taxas de reprovação eram elevadas, apesar das evidências de que reter os alunos não melhora seu desempenho. Ele enfatizou a importância de avançar na educação na idade adequada.
Os dados apresentados referem-se a 2023 e representam a primeira avaliação nacional em larga escala após a pandemia de Covid-19. A edição de 2021 teve menor adesão devido ao fechamento das escolas.
O Ideb combina duas informações e apresenta resultados em uma escala de 1 a 10: taxa de aprovação/fluxo escolar e notas do Saeb, uma avaliação de português e matemática realizada por alunos de diferentes séries. Os resultados do Saeb indicaram uma leve melhora em relação a 2021, porém ainda abaixo do nível pré-pandemia.
Em todas as áreas de conhecimento e etapas escolares, as notas de 2023 foram inferiores às de 2019. Em matemática e língua portuguesa, os alunos mantiveram um nível 4 de domínio do conteúdo, em uma escala de 1 a 10.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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