Orientações médicas e textos de saúde por profissionais brasileiros. Hérnia inguinal requer cirurgia para evitar complicações e impactos na rotina.
A hérnia inguinal foi responsável por afastar 47 392 trabalhadores de suas funções no ano passado, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS). A incidência desse problema ressalta a necessidade de promover a conscientização sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para essa condição.
Além disso, é fundamental que as empresas invistam em programas de saúde ocupacional para identificar precocemente casos de hérnia inguinal e outras doenças relacionadas ao trabalho. A prevenção é a chave para reduzir o impacto dessas condições na produtividade e no bem-estar dos colaboradores, garantindo um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.
A Importância do Acompanhamento Médico na Hérnia Inguinal
A condição da hérnia inguinal é um problema que traz prejuízos significativos à vida pessoal e ao mercado de trabalho brasileiro. Em geral, é recomendado que os colaboradores se afastem de suas atividades habituais por um período mínimo de um mês após o procedimento cirúrgico, que é o tratamento padrão para essa condição.
A hérnia inguinal é uma doença que ocorre quando a musculatura abdominal na região da virilha se rompe, permitindo que órgãos internos próximos, como intestino, bexiga ou gordura do abdômen, ocupem esse espaço. Esse problema é uma consequência do enfraquecimento muscular, que pode ser desencadeado por esforços excessivos durante atividades físicas, ao urinar ou defecar, tosse crônica, comum entre fumantes, e obesidade.
Além disso, condições genéticas também podem contribuir para o rompimento do músculo. Geralmente, a própria pessoa identifica o problema ao perceber um abaulamento na região da virilha. O diagnóstico médico é feito por meio de exames físicos e de imagem, como ultrassonografia e tomografia.
Os sintomas da hérnia inguinal incluem dor, queimação na área afetada e desconforto no períneo ou no escroto em alguns casos. Profissionais que realizam atividades de alto impacto, como o transporte de cargas pesadas por longas distâncias, estão mais propensos a desenvolver essa condição.
É essencial incentivar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para reduzir o impacto das cargas transportadas, fazer pausas regulares para descanso e realizar exercícios de fortalecimento muscular. Parar de fumar, no caso de fumantes, e perder peso em casos de obesidade também são recomendações importantes.
A hérnia inguinal é um problema progressivo, e caso os fatores de risco persistam, o abaulamento na virilha pode aumentar. Existe o risco de estrangulamento do órgão ou da gordura, o que pode interromper a circulação sanguínea e levar à necrose do tecido.
O tratamento da hérnia inguinal pode envolver manobras mecânicas para reposicionar o tecido ou cirurgia. No Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) em São Paulo, houve um aumento significativo de 115,3% nos procedimentos cirúrgicos relacionados a essa condição.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, foram registradas 46.934 internações relacionadas à hérnia inguinal entre janeiro e março. Entre janeiro de 2019 e março de 2024, foram realizadas 724.250 internações por esse motivo em todo o país.
Durante o período de recuperação pós-cirúrgica, é recomendado evitar atividades de alto impacto por 60 dias e as de baixo impacto por um mês. A hérnia inguinal pode recorrer se a causa não for identificada e tratada adequadamente. É fundamental promover o uso de EPIs, o acesso à assistência médica, uma alimentação saudável, o fortalecimento muscular e o acompanhamento médico regular para prevenir e tratar essa condição.
Fonte: @ Veja Abril
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