Sindicato Nacional dos Docentes quer reajuste de 22,71% em 3 parcelas de 7,06% ao ano, proposta apresentada na última Mesa do Ministério da Gestão.
Foi deflagrada uma paralisação nacional pelos professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica a partir desta segunda-feira, 15. A categoria decidiu por unanimidade pela greve, em resposta à proposta recusada do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos durante a última Mesa Setorial Permanente de Negociação, que aconteceu na quinta-feira, 11.
O movimento paredista dos docentes das instituições federais de ensino já demonstra impacto, com a adesão de diversos profissionais em todo o país. A greve é uma forma legítima de reivindicação por melhores condições de trabalho e valorização da categoria. É fundamental que haja diálogo entre as partes envolvidas para buscar soluções que atendam às demandas dos educadores.
Iniciativa do Sindicato Nacional dos Docentes
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), na última Mesa de negociação, a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão foi de reajuste salarial zero, causando insatisfação entre os profissionais. A proposta previa aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1000, e no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de um acréscimo de 51% no valor atual da saúde suplementar. Diante disso, os docentes iniciaram uma greve em diversos estados do país.
Mobilização dos Docentes
A proposta do governo federal foi rejeitada em uma reunião que contou com a participação de 34 seções sindicais do setor. Nessa assembleia, houve votação sobre o movimento paredista, resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções. Na pauta nacional unificada, os docentes pedem um reajuste de 22,71%, a ser pago em três parcelas ao longo dos próximos anos.
Reivindicações dos Professores
Além do reajuste salarial, os docentes também demandam a revogação de medidas como a portaria do Ministério da Educação 983/20, que aumenta a carga horária mínima de aulas e estabelece o controle de frequência por meio do ponto eletrônico na Rede Federal de Educação Profissional. Também está em discussão a revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores.
Agenda de Mobilização
O Comando Nacional de Greve (CNG) foi instalado em uma reunião recente em Brasília, onde ficou decidido que o movimento paredista participaria de uma audiência pública na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Além disso, entre os dias 16 e 18 de abril, os docentes iniciarão uma Jornada de Luta convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
Posicionamento do Ministério da Gestão
Em nota, o Ministério da Gestão informou que, além de formalizar a proposta apresentada, se comprometeu em abrir mesas de negociação específicas de carreiras até julho. Já existem dez mesas tratando de reajustes para a educação, com acordos consensualizados, e oito estão em andamento. Foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), visando apresentar uma proposta aos servidores em breve.
Fonte: @ Exame
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