Reunião Ministerial destaca esforço conjunto em aliança global contra a fome, compromisso brasileiro na proteção social e políticas públicas.
A diminuição das disparidades globais entre ricos e pobres é um desafio complexo que requer a colaboração de todos os países. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou a importância de um esforço contínuo para combater as desigualdades em todo o mundo, enfatizando que esse processo demandará tempo e dedicação.
Além disso, é fundamental reconhecer que as diferenças sociais e econômicas são profundas e variadas, exigindo abordagens específicas para cada realidade. As desigualdades persistem em diversas esferas da sociedade e é crucial adotar medidas eficazes para promover uma distribuição mais equitativa de recursos e oportunidades. A cooperação internacional é essencial para enfrentar as desigualdades e construir um mundo mais justo e inclusivo.
Aliança Global contra as Desigualdades e Disparidades Sociais
Uma das principais iniciativas da presidência brasileira é promover a união dos países na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O encontro da aliança está marcado para esta quarta-feira (24) e terá a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza representa um esforço conjunto do Brasil para erradicar as desigualdades e diferenças sociais existentes.
O ministro enfatizou que a aliança servirá como uma plataforma para conectar nações comprometidas em implementar políticas públicas de proteção social em nível nacional, juntamente com parceiros dispostos a fornecer apoio financeiro e conhecimentos técnicos especializados para impulsionar esses esforços. O lançamento inicial desse compromisso está agendado para esta quarta-feira e será formalizado durante a Cúpula dos Líderes do G20, em novembro, no Rio de Janeiro.
O ministro destacou as desigualdades globais, citando dados da Oxfam, que revelam que o 1% mais rico detém a maior parte da riqueza gerada desde 2020. Ele também abordou a proposta de taxação dos super-ricos como uma medida para mitigar essas desigualdades, ressaltando que vários países demonstraram apoio à ideia. A taxação dos super-ricos, proposta pelo economista Gabriel Zucman, poderia arrecadar cerca de US$ 250 bilhões anualmente, afetando apenas um pequeno grupo de indivíduos em todo o mundo.
Após reuniões de grupos de trabalho, o G20 iniciou as reuniões ministeriais, que não ocorriam há dois anos e meio. O ministro comemorou o retorno das declarações conjuntas, destacando a importância de uma política externa equilibrada e credível. Desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, o G20 enfrentava dificuldades para aprovar documentos ministeriais, devido a divergências sobre o tema. Para superar esse impasse, a presidência brasileira emitiu uma declaração sobre temas geopolíticos, permitindo que as declarações ministeriais fossem divulgadas sem depender de um consenso geopolítico.
A liberação das declarações ministeriais representa um avanço significativo para o G20, possibilitando que as 20 maiores economias do mundo impulsionem a agenda internacional. O comunicado da presidência brasileira foi divulgado nesta segunda-feira (22), seguido pela publicação de dois documentos ministeriais no mesmo dia, durante a Reunião Ministerial.
Fonte: @ Agencia Brasil
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