ABI repudia crime e emite nota de solidariedade contra assédio sexual na cobertura dos Jogos, condenando comportamentos como este.
A Associação Brasileira de Jornalistas (ABJ) e os sindicatos de jornalistas Bahia, Minas Gerais e Paraná divulgaram hoje uma declaração de apoio à repórter Marina Silva, que sofreu assédio moral durante uma entrevista em Nova York.
O assédio no ambiente de trabalho é inaceitável e deve ser combatido com rigor. É fundamental que as empresas ajam rapidamente para proteger seus funcionários e garantir um ambiente seguro para todos. A denúncia de casos de assédio é essencial para promover mudanças e garantir o respeito mútuo entre colegas de trabalho.
Associação Brasileira de Imprensa (ABI) emite nota de solidariedade contra assédio sexual durante cobertura dos Jogos
A repórter da TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que está presente na cidade para a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2024, recebeu apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) após ser vítima de assédio. Durante a transmissão de uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro, a jornalista estava reportando sobre o desempenho dos atletas brasileiros em Paris, quando três homens desconhecidos se aproximaram e começaram a cantar.
Um dos homens se aproximou da repórter e a beijou no rosto sem consentimento, sendo prontamente rejeitado por ela. Logo em seguida, outro homem tentou repetir o gesto, mas foi novamente repelido por Verônica. A ABI, juntamente com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os sindicatos, destacaram a gravidade do ocorrido e afirmaram que é inaceitável que profissionais se sintam desprotegidos em um evento esportivo de grande porte.
A nota de solidariedade emitida pelas entidades ressalta que o assédio sexual é uma forma de violência contra a mulher e uma intimidação misógina ao exercício do jornalismo. O comunicado destaca que o corpo da mulher não é público e seu espaço profissional deve ser respeitado. Além disso, enfatiza que as mulheres enfrentaram muitos obstáculos machistas para conquistar espaço na cobertura esportiva e que retrocessos não serão tolerados.
Os órgãos pediram à EBC que ofereça suporte à profissional agredida, se posicione publicamente contra o ataque e acione as autoridades competentes para investigar e punir os responsáveis. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República também se manifestou, classificando o episódio como inaceitável e garantindo apoio à jornalista agredida.
A ministra da Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a importância do respeito às mulheres em todos os ambientes e repudiou a ideia de propriedade sobre seus corpos. Jean Lima, presidente da EBC, e a diretora de Jornalismo, Cidinha Matos, expressaram solidariedade à repórter e condenaram veementemente o comportamento dos agressores, destacando que atitudes como essa não podem ser toleradas, especialmente em um momento em que as mulheres estão conquistando destaque nos Jogos Olímpicos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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