Ethereum, a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, é o token nativo da maior rede blockchain. Usada para contratos inteligentes, finanças descentralizadas, memecoins e NFTs.
Finalmente! As transações de ETFs Ethereum com exposição direta à ethereum começaram nesta terça-feira (23) no Brasil.
Os investidores agora têm a oportunidade de acessar fundos de índice negociados em bolsa que acompanham o desempenho da ethereum. Essa novidade traz mais opções para diversificação de carteira e potencial de retorno a longo prazo.
ETFs Ethereum: uma nova era para os fundos de índice
Trata-se da segunda maior criptomoeda em valor de mercado, um token snativo da maior rede blockchain utilizada para desenvolvimento de aplicações de finanças descentralizadas (DeFi), contratos inteligentes (smart contracts), tokenização, memecoins e NFTs (tokens não fungíveis, normalmente de obras artísticas). A aprovação pela Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) ocorreu em maio. O movimento surpreendeu parte do mercado, uma vez que o regulador americano tinha, até então um posicionamento avesso a liberar esse tipo de produto de investimento.
Servia de obstáculo a indefinição sobre se as chamadas altcoins (todas as criptomoedas que não o bitcoin) são ou não um valor mobiliário – o que, a bem da verdade, segue ainda muito incerto. As gestoras que tiveram seus ETFs de ethereum aprovados (veja quadro) são as mesmas que lançaram produtos com exposição direta a bitcoin, em janeiro deste ano, com foco, notadamente, nos recursos dos investidores institucionais. Os ETFs de bitcoin marcaram uma nova etapa na história do mercado cripto e levaram a principal representante do setor a um novo recorde de preço, em março, quando bateu em US$ 73.700.
A expectativa é de que aconteça a mesma coisa com o ethereum. A demanda dos gestores para compor suas carteiras deve destravar o valor da cripto, cuja máxima histórica é de US$ 4.800, registrada em novembro de 2021. Atualmente, é negociada em torno dos US$ 3.500. José Artur Ribeiro, presidente da Coinext, avalia que o início das negociações dos ETFs já pode estar embutido no preço do ethereum, que acumula uma valorização de 50%, no primeiro semestre deste ano. Nos últimos meses tem ‘andado de lado’, com pouca volatilidade.
Segundo Ribeiro, dos quase US$ 40 bilhões já alocados em ETFs de bitcoin, de 20% a 25% deve ser redirecionado para ETFs de ethereum. ‘O efeito sobre o preço do ativo com essa enxurrada de dólar deve ser consideravelmente maior do que o visto no bitcoin’, pontua. ‘Espera-se nos próximos dias ou semanas uma valorização considerável do ethereum.’ Sebastián Serrano, presidente e cofundador da Ripio, avalia que ‘se o preço do ethereum evoluir exatamente como foi no pós-ETF do bitcoin, a suposição é de que o valor para o ativo deva girar em torno de US$ 6 mil nos próximos meses’.
‘Nos meses posteriores, teremos uma visão mais clara do verdadeiro alcance dessa união entre as ferramentas financeiras nascidas no mercado tradicional e os ativos digitais’, pontua Serrano. ‘E, no longo prazo, também entenderemos qual será o papel desses contratos na valorização do ativo que hoje é a segunda tecnologia mais importante do ecossistema.’ ‘O início das operações dos ETFs vai fortalecer setores cruciais do ecossistema e influenciar positivamente todos os protocolos diretamente associados ao ethereum, como os protocolos de staking [investimento semelhante à renda fixa]’, avalia Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset. ‘Com isso, a expectativa é de uma maior exposição direta Ethereum aos fundos de índice, negociados em bolsa, e uma revolução nos investimentos digitais.’
Fonte: @ Valor Invest Globo
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