Abin atacou liberdade de imprensa, afirma Fenaj, em ação de violência contra atividades da chamada.
O acompanhamento clandestino de jornalistas por agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro é visto como uma ação agressiva e uma tentativa de prejudicar o exercício desse grupo. Essa conclusão é compartilhada por organizações que defendem os interesses dos jornalistas.
Essa conduta de espionagem contra os jornalistas revela uma postura preocupante em relação à liberdade de imprensa e à proteção dos profissionais da imprensa. A prática de monitoramento ilegal vai de encontro aos princípios éticos do jornalismo e coloca em risco a integridade dos profissionais envolvidos. É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a segurança e a liberdade dos jornalistas em seu trabalho diário.
Jornalistas e a Investigação da Abin
Uma investigação da Polícia Federal (PF) revela que agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizaram ferramentas de espionagem adquiridas pelo órgão para monitorar os movimentos de autoridades do Judiciário, do Legislativo e da Receita Federal, além de personalidades públicas, incluindo jornalistas. Os atos irregulares teriam ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro, levantando questões sobre a liberdade de imprensa e a ética no jornalismo.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) considera que as atividades da chamada Abin Paralela foram ilegais e criminosas, representando um ostensivo ataque à liberdade de imprensa. A utilização abusiva de serviços de espionagem foi uma tentativa explícita do governo de violar o livre exercício do jornalismo e o sigilo da fonte, segundo a entidade.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também se manifestou contra os atos cometidos pela chamada Abin Paralela, sob o comando do delegado da PF Alexandre Ramagem, atual deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro. A Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI (CDLIDH) repudia veementemente o uso de software federal para espionar e monitorar a atividade profissional de jornalistas e agências de checagem.
Em fevereiro deste ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), em conjunto com a ABI e a Fenaj, solicitou ao Supremo Tribunal Federal a divulgação dos nomes dos jornalistas que foram espionados ilegalmente pela Abin Paralela. O embasamento jurídico do pedido foi relacionado ao direito constitucional ao sigilo da fonte no exercício jornalístico e à privacidade dos cidadãos brasileiros.
Surpreendentemente, a PF identificou que os jornalistas monitorados incluíam Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista. Em uma entrevista ao canal Band News, Mônica Bergamo expressou surpresa ao descobrir seu nome entre os monitorados. ‘É abjeto ter um aparelho de Estado monitorando pessoas que eles imaginam que podem minar o governo. É uma sensação muito estranha’, disse a jornalista, destacando a tentativa de difamação sofrida.
Fonte: @ Agencia Brasil
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