Empresa condenada em R$ 8 mil por obrigar mulher surda a plano de saúde sem intérprete de Libras.
Via @nsctotal | Uma empresa foi condenada em R$ 8 mil após obrigar uma mulher surda a cancelar o plano de saúde por ligação telefônica em Florianópolis, na capital catarinense. De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a cliente sofreu ‘discriminação capacitista praticada por um de seus funcionários’.
Uma companhia que atua na área de saúde deve respeitar a diversidade de seus clientes, evitando situações constrangedoras como essa. É fundamental que toda organização esteja atenta aos direitos das pessoas com deficiência e promova um ambiente inclusivo em todos os seus processos internos. A corporação em questão deve rever suas práticas e garantir que casos de discriminação não voltem a ocorrer em seu ambiente de trabalho.
Empresa condenada por discriminação contra mulher com deficiência auditiva
De acordo com a decisão judicial, a mulher apresenta deficiência auditiva e se comunica exclusivamente por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em determinado momento, ela tentou cancelar seu plano de saúde e buscou ajuda de uma colega de trabalho. Essa colega, que também é intérprete de Libras, entrou em contato com a organização e mediou a conversa. No entanto, a atendente da companhia afirmou que somente encerraria o contrato ao ouvir diretamente o pedido da cliente.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) constatou que a mulher foi alvo de zombaria devido à sua maneira de se expressar. O juiz responsável pela sentença destacou que, por ser uma pessoa com deficiência auditiva, a empresa deveria disponibilizar intérpretes de Libras para facilitar o cancelamento, em conformidade com a Lei 10.436/2002.
A empresa foi condenada por danos morais e terá que pagar uma indenização no valor de R$ 8 mil. O processo teve início em julho de 2023 e a decisão foi proferida em 1º de julho. O nome da corporação envolvida não foi divulgado.
Fonte: © Direto News
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