No encontro do Ministério da Saúde, foram debatidos avanços no enfrentamento da dengue e mudanças climáticas na saúde pública.
A incidência da dengue ainda é uma preocupação em diversas regiões do globo, afetando a saúde de milhares de pessoas anualmente. Em locais como a Ásia e a África, a propagação da dengue tem sido constante, exigindo esforços contínuos para seu controle e prevenção.
Além da dengue, outras arboviroses como a febre hemorrágica também representam desafios significativos para os sistemas de saúde ao redor do mundo. O combate a essas doenças transmitidas por mosquitos requer a colaboração de governos, profissionais de saúde e comunidades para reduzir a incidência e minimizar os impactos na população.
Reflexões sobre a Gestão da Saúde Pública diante do Problema da Dengue
Com o aumento da preocupação em relação às arboviroses e à febre hemorrágica causada pela `dengue`, o colóquio ‘Avanços e Perspectivas no Enfrentamento à Dengue’ se destacou como um importante espaço para discutir os desafios enfrentados pelos gestores de saúde no Brasil. Realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília, o evento reuniu especialistas e representantes da Opas e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante o evento, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, apresentou uma análise atualizada do cenário epidemiológico da `dengue` no país, destacando as principais ações de prevenção e controle da doença. Em meio a mesas de debates, o pesquisador da Fiocruz, Rivaldo Venâncio da Cunha, pontuou que culpar exclusivamente os gestores de saúde pelo surto de `dengue` é uma abordagem equivocada, considerando a recorrência epidêmica desde 1986.
Socorro Gross, representante da Opas no Brasil, ressaltou a complexidade do combate ao mosquito Aedes Aegipty, enfatizando a influência dos determinantes de saúde e sociais, como as `mudanças climáticas` e a `urbanização desordenada`. Por outro lado, o médico infectologista David Uip alertou para a necessidade de solidariedade aos gestores de saúde, destacando a longa trajetória de enfrentamento da `dengue` sem a disponibilidade de vacinas.
No período da tarde, os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará compartilharam suas experiências no combate à `dengue`, revelando os desafios em lidar com a resiliência do Aedes Aegipty. A professora Maria da Glória Teixeira, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ressaltou a adaptabilidade do vetor da `dengue` e a dificuldade em combatê-lo efetivamente.
Diante do encontro enriquecedor, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) planeja repetir o colóquio no próximo mês, buscando consolidar as experiências compartilhadas e fomentar a colaboração no enfrentamento das `arboviroses`. A troca de conhecimento e a conscientização coletiva se mostram essenciais para enfrentar a complexa questão da `dengue` e suas ramificações na `saúde pública`.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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