BCE prevê 3 cortes de juros em 2024. Primeiro ajuste tem 85% de chance de ocorrer em junho. Preocupações sobre inflação subjacente e pressões internas na economia global.
O Banco Central Europeu (BCE) destacou, em comunicado emitido após a reunião de março, a dificuldade em realizar um corte de juros sem dados suficientes. A falta de informações sobre a sustentabilidade do processo desinflacionário representa um desafio para a tomada de decisão.
No entanto, a instituição ressaltou a possibilidade de uma futura redução de juros, dependendo do cenário econômico. A questão da redução de juros é um tema que será discutido com mais profundidade na próxima reunião do comitê de política monetária em abril.
Ata do BCE indica possibilidade de corte de juros em junho
Segundo a ata, os membros do comitê concordaram que terão significativamente mais dados e informações na reunião de junho, principalmente sobre a dinâmica de crescimento salarial.
A ata também traz o sentimento dos membros do BCE de que a data de um primeiro corte está ficando mais clara, embora não tenham discutido a realização de um corte imediato.
No documento, os membros afirmam que os juros do mercado aumentaram desde a reunião anterior do BCE, em janeiro, porque houve uma reprecificação para baixo no número de cortes de juros esperado no início do ano.
Segundo a ata, mais notícias favoráveis sobre a economia global e menos favoráveis sobre a inflação levaram o mercado a convergir em direção à visão do BCE, de apenas três cortes de juros em 2024, com 85% de probabilidade do primeiro corte ser em junho.
‘Foi discutido que essa precificação reflete o reconhecimento de que o processo de desinflação será mais lento e menos certo do que esperado anteriormente’, afirma o documento.
As autoridades concordaram que a política monetária restritiva do BCE está sendo transmitida com força de forma ampla, fazendo com que as condições financeiras fiquem mais apertadas.
Também foi destacado que a redução de oferta de liquidez também está contribuindo para o aperto monetário.
Segundo a ata, os membros concordaram que a maioria das medidas da inflação subjacente diminuiu ainda mais desde a última reunião de política monetária em janeiro, devido aos efeitos indiretos da retração dos preços de energia, à redução do impacto dos choques de oferta e ao peso da política monetária restritiva sobre a demanda.
‘As projeções dos especialistas para o núcleo da inflação foram revistas para baixo. Agora, estima-se que ele recue para 2% em 2026.
No entanto, as pressões internas sobre os preços ainda estão elevadas, devido a uma combinação de crescimento salarial robusto, queda da produtividade do trabalho e inflação persistente nos serviços’, afirma.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Expectativas de redução de juros aumentam após ata do BCE
Conforme a ata, os membros do comitê concordaram que terão mais dados e informações na reunião de junho, especialmente sobre a dinâmica de crescimento salarial.
O documento também aponta para a perspectiva dos membros do BCE de que a data de um primeiro corte está se tornando mais evidente, embora não tenham debatido a implementação de um corte de forma imediata.
No texto, os membros afirmam que os juros de mercado subiram desde a última reunião do BCE, em janeiro, devido a uma reprecificação para baixo no número de reduções de juros esperadas no início do ano.
Segundo a ata, notícias mais positivas sobre a economia global e menos favoráveis sobre a inflação levaram os agentes econômicos a convergirem para a visão do BCE, de apenas três cortes de juros em 2024, com 85% de probabilidade do primeiro corte ocorrer em junho.
‘Foi discutido que essa reprecificação reflete o reconhecimento de que o processo de desinflação será mais lento e menos certo do que previsto anteriormente’, destaca o documento.
As autoridades concordaram que a política monetária restritiva do BCE está sendo transmitida com vigor amplamente, resultando em condições financeiras mais apertadas.
Também foi ressaltado que a redução de liquidez em oferta está contribuindo para o aperto monetário.
Conforme a ata, os membros concordaram que a maioria das medidas da inflação subjacente diminuiu ainda mais desde a última reunião de política monetária em janeiro, devido aos efeitos indiretos da queda dos preços de energia, à diminuição do impacto dos choques de oferta e ao peso da política monetária restritiva na demanda.
‘As projeções dos analistas para o núcleo da inflação foram revisadas para baixo. Agora, espera-se que recue para 2% em 2026.
No entanto, as pressões internas sobre os preços ainda estão elevadas, devido a uma combinação de crescimento salarial forte, queda da produtividade do trabalho e inflação persistente nos serviços’, ressalta.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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