Presidente Nicolás Maduro promulga ato de pleito questionado em 2023, relacionado às reservas de petróleo no processo eleitoral.
Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para relações internacionais, destacou a importância de não subestimar a gravidade da lei de Maduro que visa anexar o território de Essequibo, na Guiana. É fundamental manter um diálogo diplomático para evitar possíveis conflitos na região.
Além disso, Amorim ressaltou a necessidade de respeitar a soberania dos países vizinhos e buscar soluções pacíficas de acordo com a lei venezuelana e o direito internacional. A estabilidade na América Latina depende do cumprimento das normas estabelecidas e do respeito mútuo entre as nações.
Presidente Nicolás Maduro promulga nova lei de Maduro em meio a pleito questionado
A lei, de autoria do presidente Nicolás Maduro, foi promulgada nesta quarta (3) e tem gerado controvérsias. Maduro, que governa a Venezuela desde a morte de seu padrinho político, o ex-presidente Hugo Chávez, em 2013, enfrenta críticas internacionais por sua atuação no processo eleitoral.
Em 2018, Maduro venceu uma eleição para se manter mais 6 anos no poder, porém o pleito foi questionado pela comunidade internacional devido a denúncias de falta de transparência e perseguição a opositores.
Reservas de petróleo em Essequibo impulsionam interesse da Venezuela
Nos últimos meses, Maduro anunciou planos para anexar a região de Essequibo, localizada na Guiana, que possui vastas reservas de petróleo. Essequibo corresponde a dois terços do território guianense e tem sido alvo de disputas territoriais há anos.
A exploração das riquezas da região tem impulsionado o PIB da Guiana, gerando preocupações regionais.
Reações à anexação de Essequibo pelo presidente Nicolás Maduro
Diversos países e organizações internacionais têm se manifestado sobre a intenção da Venezuela de anexar Essequibo. O governo venezuelano realizou um plebiscito para consultar a população local, e mesmo com resistência da Guiana, o resultado foi favorável à anexação.
O ato de promulgação da lei por Maduro tem gerado debate sobre as intenções reais por trás dessa movimentação e as possíveis consequências para a região.
Preocupações internacionais com o processo eleitoral na Venezuela
O Brasil e outros países acompanham com apreensão o processo eleitoral na Venezuela, marcado por denúncias de falta de transparência e perseguição à oposição. Um novo pleito está previsto para julho, levantando questionamentos sobre a legitimidade do sistema eleitoral venezuelano.
O presidente Lula, anteriormente defensor de Maduro, tem criticado as práticas do governo venezuelano, enquanto o Brasil ainda não se pronunciou oficialmente sobre a lei de anexação de Essequibo.
O Palácio do Itamaraty mantém posição cautelosa sobre o assunto, evitando divulgar posicionamentos antes de uma análise mais aprofundada da situação.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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