País lidera ranking com maior taxa de incidência de casos prováveis e mortes por dengue, segundo especialista em arboviroses, nas 15 primeiras semanas.
O aumento de casos de dengue tem preocupado autoridades de saúde em vários países. Surtos recentes da doença têm desafiado os sistemas de saúde em muitas regiões, exigindo ações urgentes para combater a propagação do vírus.
É fundamental intensificar os esforços para reduzir as incidências da dengue e proteger a população. As comunidades precisam estar alertas e adotar medidas preventivas, como eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor da doença. A conscientização e a colaboração de todos são essenciais para controlar a propagação da dengue.
Impacto dos casos de dengue nas 15 primeiras semanas de 2024
Até as 15 primeiras semanas de 2024, a incidência da dengue no Brasil já era alarmante, com uma significativa sobrecarga nos sistemas de saúde. Os números mostravam um cenário preocupante, com mais de 3,1 milhões de casos prováveis da doença, representando uma parcela significativa dos registros de dengue na América Latina e Caribe, conforme divulgado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
A Taxa de incidência no Brasil, embora não liderasse a região em números absolutos, era notável, com o país figurando na segunda posição, atrás apenas do Paraguai. Enquanto o Brasil registrava 1.816 casos por mil habitantes, o Paraguai apresentava um índice mais elevado, com 2.540 casos por mil habitantes. Essa disparidade era explicada pelo tamanho da população brasileira em comparação com a do Paraguai.
Efeitos das mudanças climáticas nas incidências da dengue
O especialista em arboviroses, Carlos Melo, ressaltou a influência das mudanças climáticas no aumento das incidências da dengue não apenas no Brasil, mas também em outros países. Segundo Melo, o fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, desempenhava um papel significativo nesse cenário.
Países europeus e os Estados Unidos, tradicionalmente não impactados por surtos da doença, passaram a registrar casos de dengue, evidenciando a disseminação global do problema. O especialista destacou que os efeitos do El Niño, como ondas de calor, estiagens e temporais, criavam condições favoráveis para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da dengue.
Desafios no controle da dengue e impacto nas mortes por dengue
As dificuldades no controle da dengue eram evidentes, com 25 países cobertos pela Opas enfrentando surtos da doença. O Brasil, embora líder em números absolutos de mortes por dengue confirmadas, ocupava a nona posição em termos proporcionais, atrás de países como Paraguai, Guatemala e Peru. A complexa relação entre mudanças climáticas e o aumento da incidência da doença exigia ações coordenadas e eficazes para conter o avanço da dengue.
Fonte: @ Agencia Brasil
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