Softcat lidera Stoxx 600 com lucro recorde no primeiro semestre, impulsionando índice de gastos com consumo e dados de inflação em economias importantes.
A inflação continua sendo uma preocupação para os mercados globais, com os investidores atentos aos movimentos nos índices acionários em busca de sinais sobre as perspectivas econômicas. Além disso, as incertezas em torno do cenário político e comercial entre as potências também contribuem para a volatilidade nos mercados.
O crescimento de preços de alguns setores da economia, como o de commodities, também está sob escrutínio dos investidores, que buscam se posicionar estrategicamente para proteger seus investimentos. A expectativa é que as autoridades monetárias adotem medidas para conter a inflação e estimular o crescimento econômico de forma sustentável.
Agentes Atentos aos Dados de Inflação e Índice de Preços de Gastos com Consumo
Agora, em meio a semana reduzida por conta do feriado de Páscoa, os agentes têm como foco os dados de inflação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. O indicador tem peso, já que é a medida inflacionária favorita do Federal Reserve (Fed), podendo, assim, alterar as perspectivas e apostas do mercado para a trajetória dos juros.
O índice Stoxx 600 subiu 0,29%, a 511,35 pontos; o Dax de Frankfurt avançou 0,67% a 18.384,35; o FTSE da Bolsa de Londres, teve alta de 0,17% a 7.930,96 pontos; e o Cac 40, de Paris, avançou 0,41%, para 8.184,75.
Entre as ações, a Softcat chegou a liderar os ganhos do Stoxx 600, subindo 4,37%, depois de reportar lucro operacional recorde no primeiro semestre.
A britânica Ocado também foi destaque positivo, subindo 3,2%, depois de informar que sua receita de varejo do primeiro trimestre aumentou 10,6% na base anual.
O caminho do mundo de volta às taxas de juros mais baixas pode ser imprevisível, disse o HSBC, em nota.
O banco destaca que a Suíça e o México se tornaram as primeiras economias importantes a começar a reduzir as taxas na semana passada. No entanto, a maioria dos maiores bancos centrais do mundo – incluindo Fed, Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE) – está mantendo as taxas em pausa, enquanto aguarda dados adicionais que confirmem o arrefecimento dos aumentos de preços.
‘Com o crescimento em muitas economias se mostrando mais resistente do que se temia, eles parecem ter o tempo a seu favor. O ciclo de flexibilização pode ser tão incomum quanto a expansão econômica e o ciclo de aperto que o precedeu’, diz o HSBC.
Impactos da inflação nos Cortes nos Juros e Receita de Varejo
As preocupações em torno dos dados de inflação continuam a influenciar o mercado financeiro global, afetando não apenas a trajetória das taxas de juros, mas também o desempenho operacional das empresas. O cenário de aumentos nos preços traz incertezas sobre a capacidade de manter lucros robustos, como destacado no caso da Softcat e da Ocado, que viram seus papéis se destacarem após resultados positivos.
Com a perspectiva de uma inflação mais alta, os cortes nos juros podem se tornar mais complexos, já que os bancos centrais precisam equilibrar o estímulo econômico necessário para impulsionar o crescimento com a contenção da escalada de preços. Essa dinâmica se reflete não apenas nos mercados europeus, mas também em economias importantes ao redor do mundo, que buscam encontrar o equilíbrio ideal para suas políticas monetárias.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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