Opas recomenda vigilância e vacinação contra infecção transmitida por gotículas; situação epidemiológica em casos suspeitos de decolaram no Brasil.
Conhecida também como tosse comprida e provocada por uma bactéria disseminada por gotículas liberadas durante acessos de tosse e espirro, a coqueluche ressurgiu como uma questão de destaque para os órgãos de saúde em todo o mundo. A razão para isso é o aumento significativo de casos da doença em várias nações, incluindo o Brasil, que têm chamado a atenção das autoridades.
É fundamental ressaltar a importância da vacinação como medida preventiva contra a coqueluche. A imunização adequada é essencial para proteger não apenas indivíduos, mas também comunidades inteiras contra a propagação da doença. Manter a cobertura vacinal em dia é uma ação crucial para combater a disseminação da bactéria causadora da coqueluche e reduzir os riscos de surtos futuros.
Alerta da Opas sobre a Coqueluche na América
A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) emitiu um alerta recente sobre a situação epidemiológica na América, destacando a importância da vigilância e da cobertura vacinal para prevenir a propagação da coqueluche. A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Nos últimos anos, houve um aumento nos casos de coqueluche em diversos países, incluindo o Brasil, onde foram notificados quase 1 000 casos suspeitos apenas no primeiro semestre deste ano. A vacinação é fundamental para controlar a disseminação da doença, mas a queda na cobertura vacinal, especialmente durante a pandemia de Covid-19, tem contribuído para o ressurgimento da bactéria.
A Opas destaca que, entre 2010 e 2019, foram reportados cerca de 170 000 casos anuais de coqueluche em todo o mundo. Com as medidas de restrição adotadas devido à Covid-19, esse número diminuiu significativamente, mas a situação mudou recentemente, com um aumento nos casos na Europa e nas Américas.
No Brasil, estados como São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm sido os mais afetados pela coqueluche. A vacina tríplice bacteriana, disponibilizada pelo SUS a partir dos 2 meses de vida, é eficaz na prevenção da tosse comprida, além de proteger contra o tétano e a difteria.
A situação epidemiológica em 2024 é preocupante, com projeções de que o número de casos de coqueluche supere os registros do ano anterior. A queda na cobertura vacinal é um desafio a ser enfrentado, e a Opas recomenda o fortalecimento da vigilância epidemiológica para compreender a magnitude do problema e adotar medidas de contenção adequadas.
A coqueluche é transmitida por gotículas respiratórias e representa um risco especialmente para bebês e crianças pequenas. A detecção precoce dos casos e o uso de testes diagnósticos são essenciais para o manejo adequado da doença e a identificação do patógeno em circulação.
Diante do aumento dos casos de coqueluche em diversos países, é fundamental intensificar os esforços de vacinação e vigilância epidemiológica para controlar a disseminação da doença e proteger a saúde da população, especialmente das crianças mais vulneráveis. A prevenção é a melhor estratégia para combater a coqueluche e garantir um futuro mais saudável para todos.
Fonte: @ Veja Abril
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