Ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes foi aprovado por direito eleitoral frente ao novo populismo digital e a instrumentalização das redes sociais.
Alexandre de Moraes, o renomado ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, conquistou nesta sexta-feira (12/4) a designação como professor titular de Direito Eleitoral na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Além de suas contribuições no meio acadêmico como professor titular da USP, Alexandre de Moraes também se destaca por sua atuação no meio jurídico, especialmente na área do Direito Eleitoral. Sua trajetória é marcada pelo enfrentamento do novo populismo digital, amplamente disseminado por meio das redes sociais nas últimas décadas.
Aprofundando sobre a tese de Alexandre de Moraes
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi aprovado para o cargo de professor titular de Direito Eleitoral da USP, apresentando a tese ‘Direito Eleitoral e o novo populismo digital extremista: liberdade de escolha do eleitor e a promoção da democracia’. Com vasta experiência como professor associado de Direito Constitucional na mesma universidade, ele agora assume um novo desafio lecionando a disciplina de Direito Eleitoral.
A defesa da tese de Alexandre de Moraes recebeu altas notas, demonstrando a qualidade e relevância do trabalho apresentado. A banca examinadora contou com renomados acadêmicos, como Flavio Yarshell, Celso Lafer, Marta Teresa Arretche, Carlos José Vidal Prado e Ana Paula de Barcellos, destacando a importância e reconhecimento do estudo realizado.
No centro de sua pesquisa, o ministro aborda a instrumentalização das redes sociais por grupos radicais e como essa prática pode impactar negativamente a democracia. Alexandre de Moraes destaca a manipulação das plataformas digitais tanto por quem as controla quanto por aqueles capazes de utilizá-las para seus interesses, alertando para os riscos envolvidos nessa dinâmica.
Segundo o ministro, o novo populismo digital extremista representa uma evolução dos métodos utilizados por regimes ditatoriais do século XX, como nazismo e fascismo, com a disseminação de notícias fraudulentas, a corrosão da linguagem, a substituição da razão pela emoção, a disseminação de desinformação em larga escala, o ataque à imprensa livre e à independência do Poder Judiciário.
Para Alexandre de Moraes, a instrumentalização das redes sociais é um dos mais graves elementos de corrosão da democracia, destacando a necessidade de um novo paradigma de proteção legislativa para o Direito Eleitoral atuar de forma mais eficiente na defesa do sistema eleitoral e da própria democracia. Sua pesquisa também abrange a legislação de combate à desinformação, notícias fraudulentas, discurso de ódio e atos antidemocráticos, apontando para a importância de enfrentar esses desafios na era digital.
Fonte: © Conjur
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