CVM suspendeu autorização de 935 participantes em serviços financeiros até dia 21; Superintendência de Supervisão determinou prazo final para regularização.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tomou a decisão de suspender, recentemente, a autorização de 935 profissionais que trabalhavam com a prestação de serviços de administradores de carteiras. Dentre esses participantes, 875 são indivíduos e 60 são empresas (gestoras) que atuavam nesse ramo.
Essa medida da CVM visa garantir a segurança e a transparência no mercado de investimentos, protegendo os investidores de possíveis irregularidades. É fundamental que os administradores de carteiras e profissionais de investimento atuem de acordo com as normas estabelecidas, assegurando a integridade do sistema financeiro como um todo.
Superintendência de Supervisão atua em relação aos administradores de carteiras
Os participantes não cumpriram o prazo final estabelecido para a entrega dos formulários de referência dos anos de 2022 e 2023, conforme exigido pela Resolução CVM 21, no último dia 31 de março. A medida foi adotada pela Superintendência de Supervisão de Investidores Institucionais (SIN) e pode ser revertida mediante recurso. Entre os profissionais mencionados, estão Tiago Guitián dos Reis, gestor de carteiras e fundador da Suno Research; José Berenguer, diretor-presidente do Banco XP; Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal; e Luiz Fernando Figueiredo, presidente do conselho de administração da Jive Mauá e ex-diretor do Banco Central (BC) e da Anbima.
Procurado, Tiago Reis comunicou, por meio de sua assessoria, que possui uma autorização antiga como administrador de carteira e está avaliando a possibilidade de cancelar o registro dessa autorização, uma vez que não exerce mais essa atividade. Na Suno, Reis desempenha o papel de analista e é um dos fundadores do grupo. Segundo a assessoria, caso opte pelo cancelamento, ele poderá requerer um novo registro da autorização futuramente.
Por sua vez, Luiz Fernando Figueiredo, através de sua assessoria, afirmou que sua situação como administrador de carteira foi regularizada. ‘A regularização foi realizada nestes dias, imediatamente após a suspensão. Foi um equívoco interno não ter enviado o documento necessário’, declarou em comunicado. José Berenguer preferiu não comentar o assunto quando questionado pelo Valor. Até o momento da publicação deste texto, Pedro Guimarães não havia respondido às solicitações de contato.
Para reverter a suspensão, os profissionais afetados devem encaminhar um recurso à CVM por meio do Protocolo Digital, apresentando uma justificativa fundamentada e comprovando a entrega das obrigações em atraso. A entrega dos formulários pendentes deve ser feita exclusivamente através do sistema CVMWeb. Para consultar a lista completa dos profissionais suspensos, acesse o site da CVM.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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